Cinema no Casarão exibe "Ser Tão" na Sala Dimas Oliveira, na sexta-feira, 28
José Umberto em ação, dirigindo "Ser Tão"
Foto: Lúcio Mendes
O cineasta José Umberto Dias, diretor, roteirista e produtor de "Ser Tão", é sergipano de Boquim. Aos sete anos. ele veio para a Bahia e passou a morar em Feira de Santana, com sua mãe, D. Marizete Dias, antes de se fixar em Salvador. Nesta cidade, além de integrar o grupo teatral Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana (Scafs), teve participação na Associação Feirense dos Críticos Cinematográficos (AFCC) nas gestões 1963/1964 de Antônio Álvaro e Luciano Ribeiro.
"Lembro que tínhamos um programa na Rádio Sociedade que se chamava 'Cinema em Três Dimensões'", conta.
Outra lembrança dele: "Fiz um discurso, no auditório da antiga Biblioteca Arnold Silva, de saudação ao cineasta Álvaro Guimarães (Alvinho), também diretor teatral".
Mais uma revelação de José Umberto: "Essa Associação foi o germém de minha iniciação cinematográfica".
Em 1968, então graduando em Ciências Socias na Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele começou sua história como cineasta em curso de iniciação cinematográfica ministrado pelo Grupo Experimental de Cinema da universidade. Formou-se em 1971, mas não deixou mais o cinema e desde então vem atuando na cena cinematográfica, dirigindo, roteirizando, montando e produzindo.
José Umberto também é crítico de cinema, ensaísta, escritor, dramaturgo e poeta.
Em 2002, filmou em Feira de Santana, "Lua Violada". Em 1980, realizou em Feira de Santana e cidades da região, "Cantos Flutuantes", em 35 mm, com Dimas Oliveira na assistência de direção. Tanbém em 1980, outro filme em 35 mm, realizado em Feira de Santana e com assistência de direção de Dimas Oliveira, "Ser tão". Em 1978, a vez de "Brabeza", Super 8, em parceria com Robinson Roberto, sobre um retirante na cidade grande. Outra parceira com Robinson Roberto se deu em 1977 no Super 8 "Urubu", tendo o antigo matadouro do campo gado como cenário. Em 1972, seu primeiro longa metragem, "O Anjo Negro", que teve a atriz feirense Antonia Veloso e papel destacado. Na exibição especial deste filme, em uma noite de domingo no Cine Íris, a entrada na grande sala de José Umberto e parte do elenco, ao som de música dos Mutantes, causou frisson na plateia.
"Urubu", segundo José Umberto e Robinson Roberto, trata-se de "bestiário simples e poético do urubu e a sua relação cósmica. Pássaro preto, contraditório, habitante da vida na esperança da morte. Enfim, uma homenagem àquele que resume a ânsia do desespero humano: poesia & morte". Teve como cenário o antigo matadouro municipal de Feira de Santana.
"Sertão" é um documentário poético em torno do belíssimo mural do pintor Lênio Braga, instalado no Terminal Rodoviário de Feira de Santana. "É um filme sobre a beleza do imaginário da cultura popular sertaneja, através seus poetas de cordel e repentistas", considera José Umberto.
Por fim, "Lua Violada". que é uma alegoria sobre "a perda da inocência e o despertar da consciência", conforme sintetiza o artista.


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