Por Paulo Cesar Bastos
Existe, ainda, uma baixa percepção e valorização pela sociedade brasileira dos profissionais das áreas tecnológicas. Segundo estimativas do Confea, o Brasil tem hoje cerca de seis engenheiros para mil pessoas economicamente ativas, enquanto os Estados Unidos e o Japão teem vinte e cinco engenheiros para cada mil trabalhadores. A Coréia do Sul, com um terço da população do Brasil, forma cerca de oitenta mil engenheiros por ano enquanto nós só graduamos cerca de vinte e seis mil profissionais. Embora as comparações sejam importantes não podemos esquecer as características próprias do Brasil. Precisamos, na nossa busca pelo desenvolvimento, encontrar os nossos próprios caminhos. A ampliação da procura pelos jovens das graduações nas áreas tecnológicas, no entanto, deve ser cada vez mais fomentada. A tecnologia brasileira precisa ser revalorizada e reconstruída. A boa formação universitária terá papel preponderante para melhoria desse aspecto, porem deve ser acompanhado, também, de uma mudança de mentalidade e conceitos. Como exemplo, o engenheiro deve passar a ser compreendido como o elemento-chave para o processo de condução das inovações tecnológicas aos setores econômicos da sociedade. Precisamos valorizar as ações, os produtos e processos e não somente as palavras. Interagir a universidade com a empresa desenvolvendo uma parceria saudável e desenvolvimentista implementando os modernos Cinco Caracteres da Competitividade, os 5C:
Capacitação; Cooperação; Comunicação; Compromisso; Confiança. Assim, além de uma sólida formação cientifica, as instituições de ensino tecnológico precisam incluir a inovação como uma disciplina determinante na formação do novo profissional. A responsabilidade social e ambiental, o compromisso com a ética e o empreendedorismo devem ser incluídos, também, nesse novo processo de preparação dos profissionais direcionados para as exigências do novo século.
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