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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Sessão de "O Anjo Negro" no Cine Glauber Rocha




Nesta quarta-feira, 20, às 19h10, no Cine Glauber Rocha, em Salvador, exibição do filme "O Anjo Negro", primeiro longa metragem de José Umberto, realizado em 1972. Antes, exibição do curta "Premonição", de Pedro Abib, 2011. Preço único de R$ 5,00. 
"O Anjo Negro", tido como exemplar do cinema marginal, foi lançado há 52 anos. Foi exibido em Feira de Santana, em 1972, no Cine Íris. Na noite de estreia, o diretor e parte do elenco entraram na sala de surpresa, causando certo frisson.
Devem estar presentes para debate após a projeção, a atriz Eliana Tosta (Foto 1), que José Umberto conseguiu localizar em Caraíva, onde tem uma pousada, e o ator Raimundo Mattos (Foto 2, com Mario Gusmão), professor aposentado da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
O filme resiste à precariedade das políticas de preservação audiovisual do país e tem ganhado oportunidades de alcançar o público atual através de sessões extras como esta programada, dentro do projeto Cinema da Bahia.
No enredo, em uma grande casa, em Salvador, vive uma família: o proprietário de terras e juiz de futebol Hércules (Raimundo Mattos), sua esposa Júlia (Eliana Tosta), dois sobrinhos do casal, Carlinhos (Roberto Maia) e Irene (Frieda Gutmann), o sogro de Hércules, Getúlio (Eládio Freitas) e duas empregadas domésticas. Hércules está passando por uma crise profissional e matrimonial. A figura mística de Calunga (Mário Gusmão) surge misteriosamente no casarão. Ele provoca profundas transformações na família, com sua força dionisíaca, fascinando a todos e liberta-os de seus preconceitos. Calunga relaciona-se com as mulheres da casa, engravida Júlia, e abala a estrutura patriarcal que estava estabelecida, expondo suas falsas virtudes. 
Ainda no elenco, a atriz feirense Antonia Velloso mais Jacques de Beauvoir, Carlos Athayde, Jurandir Ferreira, Sonia dos Humildes, Adagmar Valéria, Gildásio Leite e Juracy Matos.

A versão disponível para exibição é resultado da iniciativa de preservação do próprio José Umberto, que custeou com recursos pessoais a transferência do formato analógico para o beta digital - na época o mais avançado. A parte documental foi filmada em 16mm para reduzir os custos, e só depois ampliada para 35mm.

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