"Hollywood Story", de William Castle, 1950, foi mais um filme antigo visto. Trata-se de interessante film noir, um drama criminal, tem mistério e romance. E tratando de cinema. Título original foi mantido no Brasil.
No enredo, o produtor nova-iorquino Larry O'Brien (Richard Conte) planeja fundar uma produtora cinematográfica em Hollywood. Ele compra um antigo estúdio que não é utilizado desde a epoca do cinema mudo, com o escritório onde o famoso diretor Franklin Ferrara foi assassinado vinte anos antes. Embora houvesse muitas suspeitas, o caso não foi resolvido. Larry fica fascinado e decide fazer um filme sobre o tema. Para tanto, começa a entrevistar os personagens sobreviventes, contratando-os para trabalhar no filme. Assim, ele corre perigo.
Larry se envolve com Sally Rousseau (Julie Adams), tenente Bud Lennox (Richard Egan), roteirista Vincent St. Clair (Henry Hull), seu sócio Sam Collyer (Fred Clark), seu amigo e agente Mitch Davis (Jim Backus), ator Roland Paul (Paul Cavanagh) e com John Miller (Houseley Stevenson).
O filme foi uma tentativa da Universal International de aproveitar o sucesso de "Crepúsculo dos Deuses" (Sunset Boulevard), lançado no ano anterior.
É baseado no assassinato do diretor de cinema mudo William Desmond Taylor, como afirmou o historiador de cinema Arthur Lyons, pois segue as ciurcuntâncias do evento da vida real.
O ator Joel McCrea, que também fez filmes mudos, faz uma participação especial como ele mesmo em uma cena em que Larry visita um set de filmagem.
Aparecem como figurantes, algumas celebridades do cinema mudo, como Elmo Lincoln, que fez o primeiro Tarzan. Além de Francis X. Bushman, Betty Blythe, William Farnum, Helen Gibson e Richard Neill. Até o diretor William Castle tem aparição no filme.
Rodolfo Valentino é mencionado e aparece em uma fotografia. Assim como, a estrela Beverly Bayne é mencionada. Uma foto fake de uma vamp, citada como sendo Theda Brent, é referência às estrelas do cinema mudo, Theda Bara e Evelyn Brent
Em uma cena, Larry exibie um trecho de um filme e o identifica como uma imagem de Franklin Ferrara, mas, na verdade, é do filme "O Fantasma da Ópera" (Phantom of the Opera), de Rupert Julian, 1925, clássico do cinema mudo, com Lon Chaney e Mary Philbin.
Outro trecho foi criado para o filme, feito para parecer uma imagem do cinema mudo.
Uma variedade de locações em Los Angeles foram utilizadas para aumentar o realismo do filme: a boate Trocadero, o Ocean Park Pier (em Santa Monica), o edifício do Los Angeles Times, o Lockheed Air Terminal, o Motion Picture Relief Home, o Roosevelt Hotel, o Grauman's Chinese Theatre, bem como a Sunset Strip, San Juan Capistrano e Beverly Hills.
Nenhum comentário:
Postar um comentário