Por Jorge Serrão
A "oposição" está passando recibo de preocupação com o tamanho e as consequências das gigantescas manifestações populares marcadas para 7 de setembro, principalmente em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Prova disso é que a extrema mídia já noticia uma "ameaça" ao presidente da República: "A cúpula da Câmara deseja que o deputado-presidente Arthur Lira estabeleça um limite e verbalize, de maneira clara, a possibilidade do cometimento de crime de responsabilidade por parte de Bolsonaro, caso ele participe de atos que preguem a ruptura institucional". O terrorismo psicológico não vai funcionar. Primeiro, Bolsonaro já confirmou participação nos eventos. Segundo, as manifestações não tem o objetivo de pregar uma "ruptura" - que, aliás, já aconteceu, desde que o suposto "Poder Supremo" tomou decisões que afrontam o que está claramente escrito na Constituição, principalmente em abusos de autoridade dignos do mais hediondo fascismo.
Na segunda-feira, 23, em Brasília, uma reunião de 24 governadores produziu um factóide. O governador do Pará, Helder Barbalho, propôs reuniões com o presidente Bolsonaro, os militares, a cúpula do Congresso Nacional e o presidente do Supremo Tribunal Federal. O objetivo dos encontros, em separado, seria "restabelecer o diálogo institucional". Puro jogo de cena. Na realidade, os governadores forçam um "diálogo de mentirinha", claramente, preocupados com a previsível deflagração de operações da Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal, para reprimir crimes (hediondos) cometidos por alguns governos estaduais e muitas prefeituras com os recursos repassados pelo Governo Federal para combater a pandemia. Os defensores dos encontros, por coincidência, são os prováveis alvos da PF. A pressa e a preocupação são tão flagrantes que eles querem que a reunião com Bolsonaro aconteça "antes de 7 de setembro". KKK…
Pelo menos um dos principais inimigos (ops, opositores) de Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Dória, já sinalizou que não acredita na possibilidade do encontro. No programa 'Roda Viva', da TV Cultura, o pré-candidato a presidenciável Dória atacou o presidente, com doses de ironia e ceticismo debochado: "Não espero nada, nem sequer um encontro. Não haverá encontro. Bolsonaro não gosta do diálogo. Ele é refratário ao diálogo. Não gosta da democracia e é apaixonado pela ditadura. É um autoritário, além de ser um negacionista, e a meu ver, é um psicopata, um homem doente". Apesar da crítica ácida, Dória confirmou que decidiu liberar a avenida Paulista, no dia 7 de setembro, exclusivamente para apoiadores de Bolsonaro. O motivo alegado: "Eles pediram primeiro". Na reunião de governadores, Dória chegou a propor uma Carta contra o presidente. Mas sua ideia acabou derrotada.
Todos os errados institucionalmente são contra as manifestações de 7 de setembro. Os "Donos do Poder", por mais que tentem disfarçar, morrem de medo de manifestações populares - principalmente se elas forem "gigantescas". O Establishment quer que nada mude. O suposto "Poder Supremo" não aceita ser questionado - sequer e principalmente pelo povo (o qual detém o verdadeiro Poder Supremo: o poder e legitimidade originária. Os sabotadores institucionais "obram e andam" para a deficiente Constituição de 1988. Os guardiães da inconstitucionalidade têm um único objetivo: desgastar, até derrubar ou tornar inelegível, o presidente Jair Bolsonaro. Até porque ele é o único, com todas as virtudes e falhas, que enfrenta, de peito aberto, o Estamento Burocrático. Por tudo isso, as manifestações populares de 7 de setembro têm tudo para ser um divisor de águas na evolução política e institucional brasileiras.
Fonte: Alerta Total – www.alertatotal.net
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