É considerado um filme experimental, não linear e com roteiro (do próprio Godard, baseado em original de Geneviève Cluny) um tanto quanto sem conexão. Foi indicado ao Urso de Ouro do Festival de Berlim.Este filme faz parte da Criterion Collection.
O personagem Émile Récamier (Jean-Claude Brialy) diz no filme: "Isso é uma tragédia ou uma comédia? De qualquer forma, é uma obra-prima". De fato, uma obra prima. O primeiro filme colorido de Godard, que aproveita para usar bem as cores azul, vermelha e branca da bandeira de seu país.
Na narrativa, Angela (Ana Karina) é uma dançarina graciosa que tenta convencer seu relutante namorado, Émile, a começar uma família. Ela quer engravidar, quer um filho, e não aceita um não como resposta. Alfred Lubitsch (Jean-Paul Belmondo), um amigo de Émile, poderia ajudar? O que acontece quando um desejo urgente se transforma em um mal-entendido e o amor se transforma em ciúme?
Filmes no filme
Alfred, personagem de
Jean-Paul Belmondo, pergunta a Jeanne Moreau (mulher sentada em um bar) como é "Jules
et Jim: Uma Mulher para Dois" (de François Truffault, 1962).
Alfred diz a Ângela e Émile
que quer assistir ao filme "Acossado" (de Godard, 1960). E comenta: "Eu
odiaria perder, está na televisão".
Em uma cena, há menção
ao filme "Vera Cruz" (de Robert Aldrich, 1954), Alfred se vira para a câmera e
imita o sorriso de Burt Lancaster, um dos atores do filme.
Em outra cena, Ângela está olhando algumas
revistas e uma tem Catherine Demongeot, a atriz de "Zazie Dans le Metro" (de
Louis Malle, 1960) na capa.
Angela pergunta a sua amiga Suzanne (Nicole Paquin) o que ela está lendo. A resposta com pantomima e efeitos sonoros é "Atirem no Pianista". Angela responde: "Eu vi o filme (de Francois Truffault, 1960). (Charles) Aznavour é fabuloso".
Angela: "Eu gostaria de participar de um musical (cantando e dançando), com Cyd Charisse e Gene Kelly. Coreografia de Bob Fosse".
Ainda faz referências às animações da Disney "Pinóquio" (1940) e "A Bela Adormecida" (1959), bem como ao drama "A Bela e a Fera" (de Jean Cocteau, 1946), com títulos e personagens vistos nas capas dos livros. Além de "Duas Almas em Suplício" (de Peter Brook, 1960); "Lola, a Flor Proibida" (de Jacques Demy, 1961) e "Antes da Revolução" (de Bernardo Bertolucci, 1964).
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