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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PERSPECTIVAS 2020-2021: Indústria baiana deve crescer em 2021, apesar do cenário desafiador

Indústria trabalha com projeções otimistas face à base deprimida de 2020 e à perspectiva de vacinação, que permitirá a retomada do mercado e da produção 


Vladson Menezes: P
erspectiva de retomada em 2021 possa aquecer a geração de vagas no mercado de trabalho

Foto: Marcelo Gandra/Cooperphoto-Sistema Fieb


Com o objetivo de avaliar o desempenho da indústria do estado em um ano extremamente atípico, em que a pandemia da Covid-19 teve muitos impactos sobre a economia, e apresentar as perspectivas para 2021, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) divulga nesta quinta-feira, 17, em seu site www.fieb.org.br, estimativas e análises setoriais elaboradas pela equipe da Gerência Executiva de Desenvolvimento Industrial. 

Além de apresentar os principais indicadores da indústria baiana, o levantamento aponta as variáveis que se desenham no ambiente econômico, alertando para os gargalos que, do ponto de vista da indústria, precisam ser sanados para conduzir a economia nacional à rota de recuperação.  

"O Brasil vai precisar - e esta é uma necessidade imperativa diante do impacto que a pandemia causou -, avançar nas reformas administrativa e tributária, há muito demandadas, sob pena de perdermos a oportunidade de restabelecer um ambiente favorável para a retomada do crescimento", destaca o presidente da Fieb, Ricardo Alban. E alertou: "2021 será um ano desafiador, mas com a perspectiva, agora efetiva, do início da vacinação em massa. E se todos fizerem seu dever de casa, o impacto poderá ser minimizado." 

Com participação de 21,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e ocupando a sétima posição no ranking nacional, com 4,3% de participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), a indústria de transformação foi um dos segmentos afetados pela pandemia da Covid-19, com determinados setores registrando quedas acima de 30% na produção física.  

Apesar das verificadas retrações, no comparativo com 2019, e considerando o contexto econômico global de 2020, o agregado da indústria baiana deve fechar o ano com um quadro de relativa estabilidade. A estimativa é de recuperação nos últimos meses do ano, caminhando para uma projeção de crescimento em 2021 da ordem de 5%, acompanhando as expectativas para a indústria nacional.  

A despeito da aparente estabilidade e perspectiva de recuperação, o superintendente da Fieb, Vladson Menezes destacou os impactos da pandemia na economia baiana e a estimativa de queda de 4,7% no PIB estadual. "Esta é a segunda pior queda da série, ficando atrás somente do ano de 2016, quando o declínio chegou a 6,2%", destaca. 

Em relação à geração de empregos, até o mês de outubro, o setor industrial baiano criou 5.747 novos postos formais de trabalho, sendo a maior parte (3.007) na indústria da construção. "Espera-se que a perspectiva de retomada em 2021 possa aquecer a geração de vagas no mercado de trabalho, que hoje coloca a Bahia como o estado com a maior taxa de desocupação do país, de 20,4%, de acordo com a PNADC/T do 3º trimestre de 2020", como explica Vladson Menezes. Ele ressalta que a taxa de desemprego continuará alta, posto que um eventual avanço na vacinação tende a colocar mais gente de volta ao mercado de trabalho. 

No sobe e desce dos índices em 2020, o estudo destaca algumas surpresas, a exemplo da reação da indústria da construção, que começou o ano com perspectiva de retração (-6,1%) e registrou até outubro de 2020 saldo positivo (2,2%). A indústria da construção foi impulsionada por investimentos em infraestrutura urbana, principalmente na Região Metropolitana de Salvador, e pela adoção de uma política de juros baixos para o setor habitacional. Para 2021, deve haver uma ampliação do ritmo de crescimento, sobretudo a partir do início das obras da Fiol e do Porto Sul, além de eventuais concessões rodoviárias.

Além da construção, a indústria da Bahia deverá ser impulsionada em 2021 principalmente pelos setores automotivo e de refino, que tendem a manter o ritmo de crescimento ou a superar as perdas de 2020. Para a indústria automotiva, as empresas do setor já trabalham com uma projeção de crescimento de 20% a 25% no ano que vem, desde que não haja novos lockdowns 

Também os setores de plástico e borracha devem retomar a atividade com a previsão de reaquecimento do mercado interno. A indústria da borracha - especialmente os fabricantes de pneus - deve colher os resultados da recuperação das vendas da indústria automotiva na Bahia. A Bahia conta com um moderno parque de fabricação de pneus, o que também favorece a retomada da produção em condições competitivas. 

CELULOSE E PAPEL 

O setor de papel e celulose registrou crescimento de 7,4% no acumulado do ano até outubro, ficando atrás apenas do setor de refino, que cresceu 18,1% no mesmo período. Apesar do desempenho positivo, a indústria baiana de celulose enfrentou limitações diante dos preços internacionais do produto, que se recuperaram mais recentemente.   

Para 2021, não há expectativa de um crescimento expressivo na indústria de celulose, considerando que o setor, trabalhando próximo ao limite da sua capacidade, encontra entraves para expansão da sua produção. Com isso, a esperada ampliação da Veracel, instalada na região sul do estado, deve aguardar condições mais favoráveis. 

REFINO E PETRÓLEO 

Na área de petróleo - setor que teve o melhor desempenho este ano -, é feita uma projeção positiva de crescimento para 2021. O desempenho da RLAM foi motivado pela elevação da demanda internacional por bunker, óleo combustível utilizado na navegação, que deve continuar firme. A refinaria é uma das poucas plantas nacionais com capacidade de produção deste insumo, muito procurado em razão do baixo teor de enxofre do combustível produzido na Bahia.  

Não se tem perspectiva de grandes projetos para o setor industrial baiano em 2021. A maior aposta de curto prazo continua sendo a de que a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e dos campos maduros pela Petrobras dará um novo impulso a nossa indústria.

PETROQUÍMICA 

A principal expectativa do segmento industrial químico e petroquímico concentra-se na entrada em operação da planta da Fafen, prevista para abril de 2021, agora sob o comando da Proquigel. O impasse reside nas indefinições em relação ao suprimento de gás natural a preços competitivos, que ainda está cercado de indefinições. "Caso esses problemas sejam superados, a operação deve provocar efeito positivo na cadeia petroquímica devido ao alto grau de integração do Polo de Camaçari, bem como nas empresas produtoras de fertilizantes", diz Menezes.

A produção de gás natural é um tema sensível. Em 2020, o Segmento de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) foi o único da indústria com piora das expectativas, devido, principalmente, à queda acentuada da produção de gás natural no estado. Até outubro, a queda registrada na produção foi de 21,9%.

Além da perspectiva em relação à Fafen, a Braskem também sinaliza recuperação face à melhora do ambiente de negócios com o equacionamento do problema da extração de sal-gema em Alagoas.   

ALIMENTOS E METALURGIA 

Os setores da indústria ligados à produção de alimentos e bebidas sofreram reduzido impacto na produção, com alta de 0,7% para o setor de Bebidas e ligeira queda de 0,2% no de alimentos, no acumulado do ano até outubro. Isso se deve em parte à demanda oriunda da política social com o pagamento do auxílio emergencial.  

A metalurgia baiana, por sua vez, foi o setor que registrou o segundo maior resultado negativo no acumulado do ano até outubro, com redução de 35,7% da produção, atrás da indústria de veículos (-45,1%), e seguido pela indústria de couro e calçados, que recuou 26,3% no mesmo período. 

(Com informações da Gerência de Comunicação do Sistema Fieb) 

  

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