Por Paulo Cesar Bastos
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em 15 de julho
de 2011, a pesquisa "Deslocamentos Populacionais no Brasil" mostrando que o
fluxo migratório no país vem diminuindo nos últimos 15 anos. A migração
inter-regional envolveu 2,8 milhões de pessoas de 1999 a 2004 contra 2,0
milhões entre 2004 e 2009. No quinquênio 1995-2000 esse número tinha sido de
3,3 milhões de pessoas. O tempo passou, o jogo mudou.
Com o advento
das novas oportunidades, que deixaram de estar concentradas nas grandes regiões
metropolitanas, diminuiu o volume de migrantes para os grandes centros urbanos
em busca de trabalho. As novas possibilidades para uma melhoria de vida,
inclusive, veem fazendo com que as pessoas que migraram em períodos anteriores,
retornem para suas origens. Visto isso, é preciso modificar o nosso mapa
geoeconômico definido, ainda, no desenho colonial de uma industrialização
predominante no litoral.
O processo de desenvolvimento interiorizado é a forma lógica para inibir o êxodo para as grandes cidades do litoral. Essa constatação independe de minuciosas teses urbanísticas e/ou elaborados estudos socioeconômicos. O remédio contra o mal do inchamento urbano nas capitais é a melhoria da qualidade de vida no interior, com infraestrutura urbana e rural adequada, habitação, educação, saúde pública e lazer sempre acompanhadas da geração de trabalho e renda.
O processo de desenvolvimento interiorizado é a forma lógica para inibir o êxodo para as grandes cidades do litoral. Essa constatação independe de minuciosas teses urbanísticas e/ou elaborados estudos socioeconômicos. O remédio contra o mal do inchamento urbano nas capitais é a melhoria da qualidade de vida no interior, com infraestrutura urbana e rural adequada, habitação, educação, saúde pública e lazer sempre acompanhadas da geração de trabalho e renda.
O
programa de geração de trabalho e renda precisa considerar todos os segmentos
produtivos, visto que viver no interior não significa, apenas, viver da roça,
das atividades agropecuárias. Industrializar, fomentar a construção civil e um
mercado imobiliário, implantar serviços, incrementar o turismo rural e
aprimorar as vocações regionais, também, são ações fundamentais para o
desenvolvimento local integrado.
A hora é
agora para fazermos a coisa certa da forma certa, compreendendo o nosso Brasil
como um todo, estabelecendo estratégias compartilhadas, incentivando a
cooperação entre os estados e as regiões, acelerando o crescimento e levando o
desenvolvimento aos rincões mais distantes do nosso continental país. Vale
prosperar a competitividade sem propagar a rivalidade. O desenvolvimento é a
verdadeira festa do interior.
Assim, precisamos fomentar na administração pública e na cultura empresarial a inovação e o empreendedorismo, implementando a capacitação, a cooperação, a comunicação, o compromisso e a confiança que formam os 5C, os cinco caracteres da competitividade, as modernas ferramentas que construirão o novo caminho do Brasil no rumo de um progresso interiorizado e de forma sustentável. Vamos acreditar e avançar, sem recessão e com produção suficiente para atender à crescente demanda, afastando de vez a volta do monstro da inflação. Vale aproveitar o momento e caminhar a favor do vento.
Assim, precisamos fomentar na administração pública e na cultura empresarial a inovação e o empreendedorismo, implementando a capacitação, a cooperação, a comunicação, o compromisso e a confiança que formam os 5C, os cinco caracteres da competitividade, as modernas ferramentas que construirão o novo caminho do Brasil no rumo de um progresso interiorizado e de forma sustentável. Vamos acreditar e avançar, sem recessão e com produção suficiente para atender à crescente demanda, afastando de vez a volta do monstro da inflação. Vale aproveitar o momento e caminhar a favor do vento.
Paulo
Cesar Bastos nasceu em Feira de Santana-BA. É engenheiro
civil pela Escola Politécnica da Ufba, 1973.
Artigo publicado pela primeira vez em Opinião de "O Estado de São Paulo" em 30 de janeiro de 2012.
Artigo publicado pela primeira vez em Opinião de "O Estado de São Paulo" em 30 de janeiro de 2012.
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