Sob o impacto da nova pesquisa do Ibope, que
apontou vantagem de 18 pontos de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad, a
presidente do PT lamentou a baixa adesão à ideia de formar uma "frente
democrática" contra o capitão. Gleisi Hoffmann manifestou-se sobre o tema em
nota veiculada na noite de segunda-feira, 15, no Twitter. Afirmou que o PT não
se omitiria se o adversário de Bolsonaro fosse outro.
"Se o PT não estivesse no segundo turno,
apoiaria o adversário do deputado Bolsonaro", escreveu Gleisi, "porque ele não
vai promover a democracia no país. Esperávamos que isso fosse um movimento
natural e estou vendo que não é. Adiante, a história avaliará a todos nós."
No primeiro turno, quando o companheiro
Jaques Wagner sugeriu que uma chapa Ciro-Haddad poderia ser mais competitiva,
Gleisi declarou que o nome de Ciro Gomes não seria aceito pelo PT "nem com reza
brava." Agora, Ciro está na Europa e seu irmão Cid Gomes afirma que o PT vai
perder a eleição.
O blog ouviu
um dirigente do PDT e outro do PSDB sobre as palavras de Gleisi. O pedetista
duvidou da tese segundo a qual o PT apoiaria qualquer outro candidato num
mata-mata contra Bolsonaro. "Os petistas têm muitas qualidades. Mas a
generosidade não é uma delas." O tucano foi mais enfático: "Se o Geraldo
(Alckmin) estivesse no segundo turno, a chance de o PT apoiar seria zero. Todos estamos contra Bolsonaro. O difícil é ficar a favor dos erros do PT."
Mais cedo,
Gleisi ironizou a cobrança generalizada por um mea-culpa do PT. Disse que o
partido não pode pedir desculpas por ter chegado ao segundo turno.
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