Por Reinaldo Azevedo
Vocês certamente já
leram a notícia de que levantamento preliminar feito pela Direção Nacional do
PT evidencia que a legenda terá 1.135 candidatos a prefeito nas eleições
municipais de outubro. O número representa uma redução de 35,5% em relação aos
1.759 candidatos do partido que disputaram prefeituras em 2012.
É a menor número dos
últimos 20 anos. Em 1996, eram 1.077. A cúpula petista aponta três motivos para
essa diminuição: o sentimento antipetista amplificado pelas revelações da Operação
Lava Jato; a proibição das doações empresariais e o processo de impeachment de
Dilma Rousseff, que distanciou o PT de aliados tradicionais e restringiu as
alianças.
Pois é…
Sobre o peso que têm o
petrolão e o impeachment de Dilma, há pouco a dizer, não é? Alguns aliados do
PT preferiram guardar distância do partido. Andar ao lado de petista queima o
filme.
Agora, engraçado mesmo é
ver a legenda apontar como um dos fatores da diminuição o fim da doação de
empresas a campanhas eleitorais. A tese é do PT. Na prática, a legenda a
patrocinou.
De todo modo, essa
justificativa é cascata. Afinal, a proibição de doações vale para todo mundo.
Talvez seja o caso de
colocar isso de outro modo: o PT, mais do que qualquer outra legenda, mergulhou
no caixa dois. As empresas, não é segredo pra ninguém, estão assustadas. Ainda
que as doações fossem permitidas, boa parte iria querer guardar distância das
eleições.
Fonte: "Blog Reinaldo
Azevedo"
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