Por Reinaldo Azevedo
Quem não deve estar nada
satisfeita é Dilma Rousseff, a virtual presidente impichada e real
ex-presidente do Brasil. O juiz Sergio Moro mandou soltar Mônica Moura, mulher
do publicitário João Santana, mediante pagamento de uma fiança de R$ 28
milhões. Segundo seu advogado, Fabio Tofic Simantob, Moro entendeu que não
existem mais motivos para manter a prisão preventiva.
Bem, vamos botar os pingos nos
is.
Segundo o Artigo 312 do Código de
Processo Penal, há quatro razões para manter alguém em cana preventivamente:
a: para garantir a ordem pública;
b: para garantir a ordem econômica;
c: por conveniência da instrução criminal;
d: para assegurar o cumprimento da lei penal.
a: para garantir a ordem pública;
b: para garantir a ordem econômica;
c: por conveniência da instrução criminal;
d: para assegurar o cumprimento da lei penal.
Traduzamos os itens "a" e "b": a
pessoa é mantida presa porque se reconhece a existência de evidências de que
reúne todas as condições de cometer novos crimes e, dado o conjunto da obra,
vai fazê-lo.
O item "d" significa, na prática,
risco de fuga. Ora, o casal estava em viagem e voltou ao Brasil sabendo que a
Polícia Federal aguardava a dupla. Então não é o caso.
E o item "c" quer dizer risco de
comprometer provas ou intimidar testemunhas. Ministério Público e PF já haviam
reunido sobre o casal material suficiente.
O que isso tudo quer dizer? Só
uma coisa: Mônica ficou no xadrez à espera de que a ficha caísse. Só
conseguiria deixar a cela se decidisse colaborar, se fizesse o acordo de
delação premiada. Se, agora, está solta, então é porque as revelações que fez
foram consideradas importantes e úteis ao andamento da investigação.
Isso implica ainda outro
desdobramento: é sinal de que a delação de Santana também sairá em breve.
Ora, o que é que se sabe sobre as
aventuras do casal? A dupla guarda os arcanos das duas campanhas de Dilma
Rousseff e da segunda campanha de Luiz Inácio Lula de Silva à Presidência. Tudo
parece indicar que a dupla não se limitou a receber recursos de campanha pelo
caixa dois. Há a suspeita fundada de que tenha atuado como um caixa paralelo do
partido.
Seja como for, Moro não teria
mandado Mônica Moura para casa se ela não tivesse sido bastante convincente nos
dados que revelou. E, por óbvio, espera-se que João Santana faça o mesmo.
Afinal, a delação dela sem a dele não faria muito sentido, porque poderia ser
apenas uma maneira de esconder outros crimes.
Vai se jogar ainda mais luz nos
porões do PT.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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