Na sua danada
irrelevância política, a atriz e criadora de caso Letícia Sabatella expressa os
suspiros finais de uma farsa, que é a do esquerdista vítima das circunstâncias
que não são sua escolha; que é a do defensor da justiça social em eterna luta
contra os promotores da desigualdade; que é a do militante das flores vencendo
o canhão.
Letícia transformou isso
tudo numa caricatura quando, no domingo, resolveu se meter numa manifestação
anti-Dilma, certa de que seria, como foi, alvo da hostilidade dos que
protestavam em favor do impeachment. O vídeo que ela própria tornou público
demonstra a sua postura, vamos dizer, passivo-agressiva. Embora buscasse ser a
perseguida, é o olhar subjetivo da câmera que avança sobre os presentes, não o
contrário.
Agora, leio na Folha uma informação do balacobaco.
Esta senhora diz que vai
escrever um texto a respeito, que comporá a abertura da peça "Haiti Somos Nós",
do grupo Os Satyros, ao qual ela pertence. Não sei se esse trabalho conta ou
não com o incentivo da Lei Rouanet!
A cada hora fica mais
evidente que Letícia estava, vamos dizer, em busca de um "evento". E aqueles
que ela decidiu ter como adversários foram personagens involuntárias da sua
pantomima. É um comportamento detestável.
Letícia é uma rematada
ignorante política. Nota-se pelo vocabulário ao qual apela para tratar do
assunto. Na sua bela cabeça oca, o mundo se divide entre os bons, grupo no qual
se encontraria, e os maus; entre os que amam (os de sua turma) e os que odeiam.
Essa ignorância
misturada com ira santa tem lá os seus perigos porque não mede consequências.
Fica evidente, até por seu próprio testemunho, que a Polícia Militar do Paraná
atuou para protegê-la, inclusive de si mesma.
Ainda assim, a gente
nota a sua disposição de criticar a PM. Leiam:
"A polícia chegou e me isolou. Mas não pediu para os manifestantes pararem. Tem um momento [do vídeo] em que eu falo: 'Você precisa acalmá-los, eu não estou fazendo nada'. Eles queriam me colocar num camburão, mas eu falei: 'Não, eu moro aqui'."
"A polícia chegou e me isolou. Mas não pediu para os manifestantes pararem. Tem um momento [do vídeo] em que eu falo: 'Você precisa acalmá-los, eu não estou fazendo nada'. Eles queriam me colocar num camburão, mas eu falei: 'Não, eu moro aqui'."
"Colocar no camburão",
se aconteceu, entenda-se, era uma maneira, reitero, de protegê-la. A forma de
dizer isso é outra: "Eles queriam que eu ficasse em segurança dentro do carro,
da viatura".
Chego a ter pena dessa
moça! Resolveu ser a mártir oportunista de uma causa onde se juntam ladrões,
quadrilheiros, trapaceiros, bandidos e os realmente golpistas…
Diz a atriz, sempre no
seu papel:
"Eu vou mover uma ação, vai ser preciso, foi muito grave. E o que eu passei é o que muitas pessoas estão passando. É necessário filmar, denunciar e mostrar que tem limite."
"Eu vou mover uma ação, vai ser preciso, foi muito grave. E o que eu passei é o que muitas pessoas estão passando. É necessário filmar, denunciar e mostrar que tem limite."
Claro que sim! Os que
eventualmente forem transformados em personagens de sua narrativa deturpada
também têm o direito de acusá-la, quando menos, de assédio moral.
Não é assim que a música
toca na democracia. Democracia cuja existência esta senhora já deixou claro não
reconhecer.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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