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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

CPI dos Fundos de Pensão pode convocar Jaques Wagner



Após a divulgação de mensagens de celular em que supostamente atua na Fundação dos Economiários Federais (Funcef) - fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal - para favorecer a empreiteira OAS, o ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner entrou na mira da CPI dos Fundos de Pensão. 
Segundo o presidente da Comissão, deputado Efraim Filho (Democratas-PB), o petista deve ser convocado para prestar esclarecimentos assim que os trabalhos legislativos recomeçarem, no início de fevereiro. Requerimentos para a convocação já foram preparados por parlamentares da oposição, mas ainda precisam ser votados. 
O presidente da CPI disse que vai atuar para conseguir a aprovação. "Já estão configurados os indícios de tráfico de influência e direcionamento dos negócios para interesses políticos partidários", afirmou. 
Reportagem publicada no domingo, 10, pelo Estado mostra que conversas obtidas por investigadores da Operação Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, indicam suposta atuação de Wagner na intermediação de negócios entre a empreiteira e fundos de pensão. 
Meses após Pinheiro afirmar em mensagens que precisaria de "JW (em referência a Wagner) na aprovação final" de um negócio, a diretoria executiva da Funcef aprovou a compra de cotas de até R$ 500 milhões em um fundo da OAS. 
A equipe de trabalho da CPI dos Fundos de Pensão tem três policiais federais entre os membros. De acordo com Efraim Filho, o grupo continua trabalhando nas investigações, mesmo durante o recesso parlamentar. Segundo ele, foi determinado um pente fino em investimentos relacionados à OAS em fundos de pensão. 
A CPI trabalha com três pilares, aparelhamento das instituições, direcionamento dos negócios dos fundos de pensão para interesses partidários e tráfico de influência, onde entraria a apuração que envolve Wagner. "Nós já tínhamos informações de que havia trafico de influência. Essas mensagens de celular apresentam provas indiscutíveis do tráfico de influência nos fundos de pensão", afirmou o deputado.
Fonte: "Bahia Notícias"

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