Por Reinaldo Azevedo
Nesta segunda, na novela Babilônia - e eu realmente a estava vendo
por acaso; nada tenho contra o gênero, só contra novela ruim -, Fernanda
Montenegro, que faz o papel de uma lésbica chique, humanista, consciente, rica,
de esquerda, da Zona Sul, civilizada, evoluída, tolerante, bacana, culta,
delicada, cheirosa, elegante, de berço, em contraste com as pessoas de direita,
que, por óbvio, são o contrário de tudo isso, afirmou que iria se candidatar a
deputada estadual, mas não receberia doação de empresas privadas. Só usaria na
campanha verba do fundo partidário. Ah, sim, nota à margem: pouco antes, uma
personagem havia dito literalmente o seguinte: "No capitalismo, tem sempre
alguém vendendo alguma coisa". É verdade. Babilônia, por exemplo, tem, além de
patrocinadores, os que pagam pelo merchandising. No capitalismo, há sempre
autores e autores da Globo vendendo alguma coisa, certo? O esquerdismo da maior
emissora de TV do país é uma piada grotesca. Adiante.
A prestação de contas do PT - e não deve ser o único; o partido é
apenas o transgressor mais moralista - está demonstrando que o problema não
está apenas na prestação de contas da receita, mas também da despesa. A
personagem de Fernanda Montenegro, esquerdista como é, certamente teria os
gastos de campanha contabilizados por companheiros ou camaradas. Ainda que os
fundos fossem públicos, quem disse que não se pode fraudar a despesa? Os
episódios que Gilmar Mendes tem mandado investigar o provam à farta.
Aliás, a turminha do Lesbianismo de Libertação de Babilônia tem
aquele inequívoco sotaque Psol, que é a esquerda hoje mais influente ali pelas
cercanias de Leblon, Copacabana e Ipanema. São os conscientes daquela zona
cinzenta entre o jornalismo e o entretenimento que exercitam o socialismo com
cobertura de frente para o mar.
Sugiro à turma que entre na área de busca do meu blog e procure
ver como o tal Psol, com seus puritanos de esquerda, tratam as verbas de
campanha…
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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