Por
Ronaldo Belo
Ainda continuo sem entender
e muito menos recuso-me a acredita em muitas coisas que "dizem" estar ocorrendo
nos bastidores da política feirense e que estariam por trás de sérios problemas
gerados à população simplesmente pelo capricho de alguns em travar guerra
política defendendo tão somente interesses pessoais e projetos estritamente
próprios.
Enquanto a cidade amanheceu
literalmente de pernas para o ar, desde domingo, 16, com a decisão unilateral e
intempestiva das empresas de ônibus Princesinha e 18 de Setembro de suspenderem
os serviços de transporte coletivo da população de Feira de Santana, antes do
fim oficial da prorrogação do contrato com a Prefeitura, no próximo dia 25,
muitas indagações vêm à tona, de todos os cantos da cidade, colocando em xeque
figurinhas bastante conhecidas de nossa política local.
E os questionamentos se
tornam ainda mais latentes à medida que as alegações das duas empresas, de que
enfrentavam prejuízos e não dispunham mais de recursos para comprar
combustível, em nada convenceu a população feirense. Principalmente porque, até
poucos dias, antes do Governo Municipal tomar a decisão acertada de promover nova
licitação do transporte público para modernizar o sistema, as duas empresas
tentavam, a todo custo, conseguir a prorrogação dos contratos com a Prefeitura,
até mesmo com promessas de investimentos no sistema.
E dentre as indagações que
prefiro não acreditar nas respostas que tenho ouvido nas ruas estão as
seguintes:
O Sindicato dos Rodoviários
(motoristas e cobradores de ônibus), dirigido por Alberto Nery, que também é
vereador pelo PT, sabia da real situação das duas empresas?
O Sindicato, através do vereador
petista, teria realmente indicado a maioria dos funcionários das duas empresas
e inclusive do Sincol, que é o sindicato patronal?
Caso isto seja verdade, o
que prefiro não acreditar, estaria então o vereador, ou melhor, o Sindicato
comprometido com as duas empresas à qual a entidade deveria fiscalizar?
O Sindicato fiscalizava ou
não o recolhimento do FGTS? E o recolhimento estava ocorrendo?
Ainda continuo não
acreditando e, justamente por isso, insisto em perguntar: e com relação ao
INSS, também estava ou não havendo recolhimento e repasse da parte patronal? E
o Sindicato fiscalizava ou não?
E quanto ao patrimônio das
duas empresas, que seria uma espécie de reserva de capital para garantir as
indenizações dos operários, ainda existe ou não? E caso não exista mais, como
isto teria ocorrido à luz do dia e aos olhares dos sindicalistas e vereador
Alberto Nery?
Indo mais longo e certo de
que perguntar não ofende, mesmo porque, como já disse, prefiro não acreditar em
qualquer tipo de relação mais íntima ou de compadrismo entre sindicato dos
operários e classe patronal, qual foi o entendimento entre ambos para durante
as eleições presidenciais, todos os ônibus das duas empresas saírem das
garagens com adesivos da candidatura da presidente Dilma e de outros petistas,
mesmo com a expressa proibição de lei federal de utilização de veículos
públicos para propaganda eleitoral? E se não houve entendimento, então os
ônibus se plotaram sozinhos?
E, diante desta crise toda,
por que o Sindicato não chama para si as suas responsabilidades, já que prefiro
não acreditar que a entidade também foi omissa, ao invés de simplesmente tentar
transferir a responsabilidade para o Governo Municipal, já que o mesmo há muito
tempo vinha tentando legalmente substituir estas duas empresas, mas sempre
esbarrava na residência de petistas e da bancada de oposição, que insistiam em
manter as duas empresas sucateadas, mesmo prejudicando a população, tão somente
pelo capricho de tentar atingir a imagem do prefeito José Ronaldo?
Com a palavra o presidente
do Sindicato. Ou seriam melhor as palavras do vereador Alberto Nery? De
qualquer forma, qualquer uma serve, já que ambos são os mesmos...
Ronaldo
Belo é jornalista e editor
Publicado na edição desta sexta-feira, 21, do jornal "NoiteDia"
Publicado na edição desta sexta-feira, 21, do jornal "NoiteDia"
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