Por Jarbas Aragão
Em 2010, o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP), apoiou a eleição da candidata petista
Dilma Rouseff. Contudo, ao ser eleito presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara, enfrentou forte oposição dos mesmos petistas que
antes eram seus aliados. Após algumas decisões do governo que contrariavam os
compromissos assinados na época da eleição passada, o PSC como um todo saiu da
base de aliados do governo.
Sendo assim, o
partido lançou em 2014 pastor Everaldo como candidato a presidente e
declarou-se oposição ao PT. Vários rumores surgiram nos últimos meses sobre um
possível apoio de denominações evangélicas a Dilma. Oficialmente, apenas a
Universal e seu braço político, o PRB, defendem sua reeleição. A maioria dos
líderes evangélicos tem feito companha para que os cristãos não votem em nenhum
candidato ligado ao PT.
Em maio, Feliciano
deu uma entrevista onde negava que daria apoio a Dilma, lembrando que o governo
o usou como "bode expiatório" enquanto deputados petistas envolvidos no
mensalão assumiam cargos na Comissão de Constituição e Justiça. Afirmou que
rompeu com o PT e que o partido "traiu toda a comunidade cristã brasileira".
O motivo principal
para a decisão de Feliciano foram as decisões relacionadas ao aborto, pois
Dilma assinou em 2010 um documento comprometendo-se a não legalizar a prática
no Brasil. Mas na prática isso não aconteceu.
Assim como Feliciano,
outros integrantes da Bancada Evangélica que antes estavam ao lado de Dilma
agora são contrários a ela e denunciam o discurso enganoso do PT nesta época de
eleição. O senador Magno Malta (PR/ES) também se manifestou recentemente.
Malta publicou na internet um vídeo listando
uma série de propostas do atual governo que enfrentaram resistência da Frente
Parlamentar Evangélica, incluindo a legalização do aborto e a chamada "lei da
palmada". Também lembrou aos evangélicos que Carvalho os chamou de "cabeças
ocas comandados por pastores de televisão" que os militantes petistas
precisariam "tomar" as classe "C" e "D" dos pastores. Por fim, o senador
pediu respeito aos evangélicos, afirmando que eles não seriam enganados.
Esta semana,
Feliciano voltou a usar as redes sociais para alertar os evangélicos sobre a
aproximação dos petistas nesta época de campanha atrás de votos desse segmento.
Usando a palavra "denúncia", o deputado criticou o comitê evangélico criado
para buscar esse apoio.
Feliciano afirmou que
foi "otário" quando participou de esforço semelhante em 2010, mas isso se
revelou uma "mentira". Esclareceu que o governo usa o termo "profilaxia
da gravidez" para fugir do termo aborto e aprovou a portaria 415 prevendo que o
SUS pagaria cerca de R$ 400,00 por procedimentos abortistas.
Somente com um
esforço da Bancada Evangélica foi possível reverter isso. Mas um projeto "cavalo de Tróia" acabou liberando a prática de forma velada. Além disso, é
sabido que o governo atual conseguiu de forma extra-oficial tornar legal a união civil de
homossexuais.
Feliciano também
criticou os evangélicos "progressistas" ou "esquerdistas" que apoiam todas
essas propostas do PT. Denunciou que essas pessoas que se apresentam como
representantes dos evangélicos receberam "uma fortuna" para isso. "Vote em
pessoas que pensam como você. É a chance que temos… por que essas leis podem
beneficiar o povo ou desgraçar a vida do povo". "Precisamos mudar e a mudança é
não votar na presidenta Dilma e não votar no PT", encerrou.
O vídeo foi
compartilhado milhares de vezes no Facebook e tem gerado polêmica, com muitas
pessoas fazendo eco ao pedido do pastor.
Assista ao vídeo: http://youtu.be/ys2Ncnp858M
Fonte: GospelPrime
Divulgação: www.juliosevero.com
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