Por Augusto Nunes
Sempre que inaugura um estádio que não ficou
pronto, Dilma Rousseff fica grávida de patriotismo mequetrefe - e recita o que
o mestre lhe ensinou: só duvidam do governo e seus comparsas os eternos
pessimistas, os céticos profissionais e os que torcem contra a nação
reinventada pela seita lulopetista. Foi assim em 21 de dezembro de 2012, quando
a presidente baixou em Belo Horizonte para dar por concluído o Mineirão ainda
em obras.
"Nós, do Brasil, estamos dando uma
demonstração para o mundo", caprichou em dilmês de boleiro. "De que nós somos
bons dentro do campo, mas somos bons fora do campo também". Dilma tem tanta
familiaridade com o que ocorre dentro do campo quanto Lula com o uso do plural.
Para a Primeira Torcedora, trivela é um de seus ministros com erro de revisão.
Se sabe o que anda acontecendo fora do campo, logo vai descobrir que ninguém
perde tempo torcendo contra os organizadores da Copa. Time que só faz gol contra
nem precisa de inimigos.
Confira o texto de Júlia Rodrigues na seção História em Imagens. Depois do "entrace" na saída
da Fonte Nova, a prefeitura do Rio enriqueceu o inglês de Copa do Mundo com a
invenção do "aiport". Os turistas vão sofrer para encontrar o Maracanã. Se
chegarem lá, podem colidir com portões fechados: nesta quinta-feira, a Justiça
atendeu ao pedido do Ministério Público estadual e suspendeu a realização do
jogo entre Brasil e Inglaterra, marcado para domingo.
É possível que, nas próximas horas,
governantes e cartolas consigam contornar a interdição. Mas a pedra no caminho
continuará do mesmo tamanho. A decisão judicial se amparou nas evidências de
que o Maracanã não está pronto para acomodar sem riscos as multidões com que
sonham os vigaristas que enxergam na Copa de 2014 um grande negócio.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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