O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
e relator do mensalão, indeferiu pedido
formulado pelos advogados de José Dirceu, que reivindicavam
a divulgação dos votos dos ministros antes da publicação do acórdão.
Em resposta a José Dirceu, Joaquim Barbosa anotou em seu
despacho: "Os votos proferidos quando do julgamento da Ação Penal 470 foram
amplamente divulgados e, inclusive, transmitidos pela TV Justiça". Mais: "Todos
os interessados no conteúdo das sessões públicas de julgamento, em especial os
réus e seus advogados, puderam assisti-las pessoalmente no plenário desta
Corte."
Barbosa foi ao ponto: "Noutras palavras, as
partes que eventualmente pretendam opor embargos de declaração já poderiam
tê-los preparado (ou iniciado a sua preparação) desde o final do ano passado,
quando o julgamento se encerrou."
Vence na segunda-feira, 1º de abril, o prazo
para que o Supremo publique o resultado do julgamento do mensalão. Dá-se de
barato que haverá atraso. Os recursos dos réus só podem ser protocolados depois
que sair o acórdão. E as penas só poderão ser executadas depois que todos os
recursos forem julgados. No mês passado, Barbosa estimara que tudo estaria
definido até julho.
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