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sábado, 23 de março de 2013

Sociedade Filarmônica 25 de março completa 145 anos


Das três filarmônicas feirenses que fizeram história, a Sociedade Filarmônica 25 de Março é a mais destacada. Criada com o objetivo cultural de desenvolver a arte da música ao nível do Teatro e Escola de Piano, já existentes, ela surgiu muito próxima da primeira a ser criada no Estado, a Sociedade Filarmônica Erato Nazarena, fundada em 1863, cinco anos antes da primeira em Feira de Santana:
A Sociedade Filarmônica 25 de Março foi fundada há 145 anos em 25 de março do ano de 1868 pelos senhores João Manoel Laranjeira Dantas, Eduardo Franco, Afonso Nolasco, Antônio Joaquim da Costa, Alípio Cândido da Costa, José Pinto dos Santos, Joaquim Sampaio, Francisco Costa, Galdino Dantas, Juvêncio Erudilho, José Nicolau dos Passos, Alexandre Ribeiro, Joviniano Cerqueira, Pedro Nolasco Néu e Tibério Constâncio Pereira. Cinco anos depois houve um desentendimento entre os membros da diretoria e criou-se uma dissidência.
Como o padre Ovídio Alves de São Boaventura se encontrava fundando a Sociedade Filarmônica Vitória, os dissidentes da 25 de Março juntaram-se ao padre e, em 1873, foi criada mais uma Filarmônica, a Vitória, sob a regência de Manoel Tranquilino Bastos.
A Sociedade Filarmônica 25 de Março, 59 anos depois de fundada, por questões internas, dissolveu o corpo musical e fechou suas portas. E assim ficou até 1931 (quatro anos) quando o coronel Américo de Almeida Pedra voltou a residir em Feira de Santana. Foi então que o velho herói das lutas horacianas na Chapada Diamantina e combatente contra a Coluna Prestes, convocou os velhos companheiros como Antonio Cipriano Pinto, Alfredo de Castro, Euclides de Souza Pinto, Alfredo Pereira, Argemiro Souza e o Maestro João do Espírito Santo, com os quais constituiu uma diretoria, tendo ainda a colaboração dos homens de destaque de então: Arnold Ferreira da Silva, João Marinho Falcão, Raul Ferreira da Silva, Heráclito Dias de Carvalho. Carlos Rubinos Bahia, Adalberto Pereira, Dálvaro Ferreira da Silva e tantos outros que faziam parte da elite feirense. Juntos soergueram a primogênita Filarmônica de Feira.
Vale destacar que essa filarmônica teve grande maestro compositor como o professor Estevão Moura, que alem de ensinar a música e a arte dos instrumentos musicais, ainda compunha músicas das mais diversas categorias.
Em março de 1977, a Sociedade Filarmônica 25 de Março representou a Bahia no Festival Nacional de Bandas Civis, promoção da Funarte, Mobral e Rede Globo de Televisão.
Então, era regida pelo maestro Valdemiro Daltro, o Maestro Miro, 36 músicos integrantes da Filarmônica, e tinha como presidente o empresário João Domingos Gonçalves. A apresentação no Festival aconteceu na manhã de domingo, 27 de março, depois de ter completado 109 anos. No dia 10 de abril, durante o programa "Concertos Para a Juventude", a Globo transmitiu a apresentação.
A 25 de Março está sendo resgatada, inclusive com restauração do prédio que a abriga, na rua Conselheiro Franco, como informa Carlos Brito, atual presidente da instituição.
(Com informações de Antônio do Lajedinho, do "A Feira Antiga")

Um comentário:

Anônimo disse...

A Filarmônica 25 de Março constitui a história de Feira de Santana. História que precisa ser preservada. Por seus objetivos, tem ainda a 25 de Março muito a contribuir para o futuro desta terra formosa e bendita. Trata-se de uma excelente notícia esta que dá conta de ações em curso que visam proteger este patrimônio histórico de Feira de Santana. Parabéns aos envolvidos nesta empreitada, verdadeiros e valorosos feirenses. É importantíssimo, um maravilhoso exemplo, restaurar o formoso prédio/sede da 25 de março, como é, também, preservar o seu objetivo vinculado às manifestações culturais. Artur Renato Brito de Almeida, de São Paulo.