Por Julio Severo
Em nota pública, o setor gayzista do Partido
Socialista Brasileiro (PSB) disse:
"Prezados Companheiros
Socialistas, A Executiva Nacional LGBT do PSB vem, por meio desta nota,
repudiar a indicação do nome do Deputado Pastor Marco Feliciano (PSC) para a
Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
Considerando que o PSB é um partido de esquerda e socialista… entendemos que os
Parlamentares Socialistas devem votar contra a indicação do nome desse
parlamentar para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara."
Mas o PSB não está sozinho. O PT e todos os outros
partidos socialistas do Brasil estão expressando o mesmo azedume ideológico.
Afinal, qual é a bronca dos socialistas do Brasil?
É por que Marcos Feliciano tem ficha suja? De fato, há alguns problemas na
ficha dele, mas nada que se compare à ficha de notórios militantes socialistas
do Brasil.
Se o PSB e todos os outros partidos esquerdistas
quisessem a cassação de todos os políticos com ficha suja, todos os políticos
acusadores de Feliciano estariam em maus lençóis. Todos eles iriam para o
espaço.
O problema não é Feliciano, que já cometeu a tolice
de apoiar Dilma Rousseff e as próprias esquerdas que o querem enfocar agora. O
problema não é sua ficha.
Aborto e homossexualismo
O problema é sua postura cristã contra o pecado homossexual e contra o pecado
de matar crianças em gestação (aborto).
Por isso, os ataques das esquerdas não se
restringem a Feliciano. Qualquer parlamentar que sustentar posturas contra o
aborto e o homossexualismo sofrerá de todas as esquerdas o mesmo ódio que
Feliciano está sofrendo.
Em nota pública, o setor gayzista do PSB
oficialmente questionou também "a indicação do deputado Pastor Eurico/PSB-PE
para a composição da Comissão de Direitos Humanos, na cota do PSB, considerando
o fato de que suas falas e posicionamentos poderão se tornar um óbice
[obstáculo] quando da apreciação de temas polêmicos, temas estes defendidos
pela militância e pelos segmentos sociais do PSB, quer sejam as bandeiras do
LGBT."
Por que a união deles com os socialistas?
Não me perguntem como o deputado Pastor Eurico, sendo ministro do Evangelho,
consegue ser parte de um partido e de um movimento ideológico cuja principal
pretensão é substituir Deus na vida das pessoas. O socialismo impõe sua
ideologia como o Grande Deus Pai de todos. É a religião obrigatória do Estado
que controla a tudo e a todos.
Não me perguntem por que Feliciano fez campanha por
Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010. Ela achou útil o apoio bobo
dele. A postura dele contrária ao aborto e ao homossexualismo não incomodava,
enquanto ele não tivesse um cargo importante para defendê-las.
Contudo, a partir do momento em que Feliciano foi
escolhido como presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), tudo mudou.
Ele virou empecilho. E enquanto a eleição presidencial de 2014 não chega,
Feliciano continuará apenas empecilho. Quando a eleição chegar, ele novamente
ouvirá o canto da sereia Dilma e o coro da esquerda maléfica o chamando para
fazer campanha por eles.
Neste momento, ele não ouvirá nenhum doce canto de
sereia. Tudo o que ele ouvirá são gritarias de ódio, pois as esquerdas odeiam o
Deus que rivaliza com a religião ideológica deles, com o Deus-Estado deles.
E como toda falsa religião, o socialismo tem seus
falsos profetas e pastores.
Esquerdismo "crente"
Entre os vários movimentos protestantes esquerdistas que se juntaram na
campanha de ódio da esquerda secular contra Marcos Feliciano está o grupo Evangélicos Pela Justiça (EPJ).
O EPJ reconhece, um tanto contente, que a Comissão
de Direitos Humanos sempre esteve sob o domínio do PT. Durante o reinado do PT
nessa comissão, o EPJ nunca protestou contra o PLC 122 ou contra o infame kit
gay.
A postura oficial do EPJ, em concordância com sua
mentalidade relativista esquerdista, é encarar a luta contra o PLC 122 como uma
luta contra os próprios "direitos civis dos homossexuais". Em documento
recente, em posse de Julio Severo, o EPJ declara: "Temos observado uma postura
dos deputados evangélicos contrária à defesa de direitos civis de homossexuais,
transmitindo uma imagem que os evangélicos odeiam os homossexuais, apesar de
repetidas declarações de que os amam e de que não são homofóbicos". Lembremos
de que mesmo entre grupos evangélicos as interpretações bíblico-teológicas
sobre homossexualidade são muito variadas. Além disso, numa sociedade
pluralista como a nossa, devemos partir do pressuposto de que Direitos Humanos
são princípios fundamentais e inerentes, independentemente de orientação sexual
e gênero".
O EPJ também dá uma cotovelada nos parlamentares da
bancada evangélica que se opõem ao PLC 122: "Parlamentares evangélicos, assim
como de qualquer outra religião, devem lembrar que a liberdade religiosa
assegura que regras ou costumes de uma determinada religião não podem ser
impostos a qualquer pessoa. Muito menos podem tais regras ou costumes serem
codificados em lei".
Traduzindo: se a oposição ao homossexualismo e ao
aborto tem raízes na cultura judaico-cristã do Brasil, deve ser totalmente
rejeitada. Por outro lado, se o favorecimento ao homossexualismo e ao aborto
tem suas raízes no socialismo, deve ser totalmente aceito, pois a religião
marxista é "laica".
Movimento Evangélico Progressista
Conheci o EPJ antes de sua metamorfose, quando ainda era o Movimento Evangélico
Progressista (MEP), fundado pelo bispo marxista assassinado Robinson Cavalcanti.
A ética do MEP era sempre trabalhar com o PT, e sua
linha de raciocínio era: O PT está autorizado, pelo deus-socialista, a impor
suas próprias leis e imoralidades na sociedade.
Mas o mesmo MEP hostilizava toda tentativa
evangélica de competição com o PT na modificação das leis.
O maior evento "ético" do MEP foi realizado, com o
patrocínio do PT, no Congresso Nacional. O palestrante principal do evento foi Caio Fabio,
outrora o maior astro da Igreja Presbiteriana do Brasil.
O decrépito MEP adorava o MST, um movimento
comunista radical. E o EPJ? Na comemoração dos 25 anos do MST, o esquerdista Ariovaldo Ramos recebeu
permissão de Geter Borges para representar o EPJ e aproveitou para louvar os
desbravadores evangélicos socialistas do Brasil: Geter Borges, Robinson
Cavalcanti, Caio Fábio, Ed Rene Kivitz, Marina Silva, Valdir Steuernagel e
tantos outros.
Mas Ariovaldo sabe também louvar esquerdistas
seculares. Recentemente, ele louvou Hugo Chávez como referência mundial. Esse é o mesmo Ariovaldo que fez parceria recente
entre evangélicos e o governo do PT, mas ficou de boca fechada contra o
representante do PT e sua ficha tenebrosa.
O mesmo Ariovaldo que assinou recentemente, com vários outros líderes
protestantes pró-socialismo, um abaixo-assinado contra Feliciano na CDH.
Reforçando essa aliança evangélica, o EPJ se aliou
ao Conselho Latino-Americano de Igrejas para reunir, até o dia 21 deste mês,
todas as organizações evangélicas esquerdistas da América Latina para pedir a
renúncia de Marcos Feliciano e a volta na CDH do que eles chamam de líderes "democráticos": o PT e sua corja.
Marcos Feliciano e suas reações confusas
A resposta de Feliciano a esses ataques tem sido confusa. Em entrevista nas
páginas amarelas da revista Veja esta semana, ele destacou
muito bem a postura cristã clássica, com relação aos homossexuais, de amar o
pecador e detestar seu pecado. Mas ele se embaraçou todo nas outras perguntas
inquisitórias do entrevistador, parecendo usar qualquer argumento artificial e
pobre para escapar da armadilha dos questionamentos da revista.
Com relação ao ódio da esquerda evangélica,
Feliciano manteve ontem um encontro secreto com Ariovaldo Ramos e outros
pastores esquerdistas em São Paulo.
O que saiu desse encontro? Feliciano "moderará" seu
discurso contra a agenda gay e abortista? Honestamente, não sei.
Mas gostaria que Feliciano entendesse que,
exatamente como o PT vê, suas posturas antiaborto e antissodomia o tornam um
empecilho para o avanço no Brasil de um socialismo que ele mal sabe o que é.
O ódio que ele sofre na pele agora, vindo
igualmente da esquerda secular e da esquerda evangélica, tem a mesma fonte: a
sereia vermelha que o seduziu nas últimas eleições.
No passado, muitos pastores protestantes,
especialmente Caio Fábio, abraçaram essa sereia porque tinham a mesma
ideologia. Eles fortaleceram o canto dela em todas as igrejas evangélicas do
Brasil. Muitos pastores pentecostais e neopentecostais caíram
no canto dela e no conto do vigário vermelho. Caíram por puro oportunismo.
Não é preciso ser um pastor pentecostal e ter
poderosos dons de revelação para compreender que há algo de muito errado e
podre no canto, conto e encantos do socialismo e dos socialistas.
Se Feliciano não entender isso, a sereia vermelha
continuará cantando-o - até engoli-lo.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
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