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terça-feira, 1 de novembro de 2011

"O que está em curso no País é uma contínua desconstrução do governo Lula'

Por Leonardo Attuch
Nos oito anos da era Lula, Fernando Henrique Cardoso comeu o pão que o diabo amassou graças à popularização de um carimbo cunhado pelos petistas ainda na fase de transição. Era a "herança maldita", expressão que caiu na boca do povo e dava conta de que o Brasil estaria quebrado no final de 2002. Era uma construção retórica absolutamente falsa, mas que atingiu seus objetivos políticos. "FHC quebrou o País, Lula o salvou."
Dilma Rousseff, eleita graças ao sucesso do "lulismo", que também teve sementes plantadas na era FHC, naturalmente não poderia falar em "herança maldita". Primeiro, porque o brasileiro está feliz. Segundo, porque foi ela a gestora dos principais programas sociais e de infraestrutura do governo passado.
Mas o que está em curso no Brasil, com as sucessivas demissões de ministros indicados pelo antecessor e que saem suspeitos de corrupção, é a contínua e progressiva desconstrução do governo Lula.
Desta vez, foi Orlando Silva. Antes, Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim, Wagner Rossi e Pedro Novais. E qual é o comentário padrão dos analistas políticos? "É, todos eles foram herdados por Dilma." Conclusão lógica: Lula, que seria o verdadeiro culpado pelos escândalos, teria deixado uma herança maldita para a sucessora.
Nos meios políticos, já se analisa até qual seria o padrão Dilma de demissão. Seria um jeito mineiro, mais dissimulado, conciliador e sem confrontos explícitos. Seja como for, esse método também produz resultados políticos. Dilma seria a continuidade do lulismo, mas num governo que "não rouba nem deixa roubar".
Será que essa imagem se constrói de forma acidental? Será mesmo Dilma uma presidente refém da mídia e sem coragem para enfrentar o que os esquerdistas chamam de "imprensa golpista"? Ou será a "imprensa golpista" um instrumento operacional do Palácio do Planalto para fritar ministros e desconstruir antecessores?
O que está em jogo no Brasil não é o combate ao "malfeito", o novo eufemismo para a palavra corrupção. O que está em jogo é 2014.
Fonte: "Blog do Noblat"

3 comentários:

Anônimo disse...

Se Lulismo é somente bolsa-família(que mudou de nome), pra mim é. Pois a saúde é uma lastima, a educação nada mudou, a segurança piorou, o transporte continua péssimo!Pra mim Lulismo é sinal de conversa fiada e enganação ao povo!!

Mariana disse...

Nada ficou bom. A não ser a auto-estima de muitos pobres, que aprenderam com o ex-presidente, que é bom consumir, que é bom gastar, ainda que não tenham grana prá isto, devendo horrores. Nunca se viu tanta gente endividada!
A saúde , a educação e a segurança pública, cada vez piores. E ainda tem vereador daí, Dimas, falando mal das gestões de JR em Feira, no que diz respeito à educação!! Um petista(Marialvo) falando da educação, na gestão de um DEMocrata! Macaco, olha o seu rabo!

Thomas disse...

Esse Leonardo Attuch é daqueles iludidos otimistas, que ainda confiam nos petistas.