Ausente da cena artística de Salvador, desde 1991, quando se transferiu para o Rio de Janeiro, a artista baiana Elisa Galeffi, retorna agora e retoma o seu lugar até então adormecido.
Com a mostra "Séries", Elisa nos brinda com objetos, pinturas e fotografias, realizados entre os anos de 2000 e 2010.
Expõe a sua delicada poética e deixa exposto o talento para resignificar o óbvio. Reinventa a partir de materiais colecionados ao acaso.Tira partido da fotografia com as surpresas encontradas nas habituais caminhadas pela urbe, onde brinca com o jogo de luz e sombra sobre os resíduos descartados. O resultado é de uma riqueza de forma e cor, formando belas e contemporâneas composições.
A sua verve Duchampiana dá um novo sentido às coisas tiradas da sua função, como as formas hexagonais destacadas pelo equilíbrio de cores, formadas com tampas de garrafas pet.
A série de relógios tem como suporte bacias de alumínio, Elisa nos envolve e nos leva a querer parar o tempo em nossas lembranças juvenis.
Da sua natureza cordial e bem humorada surgem os objetos com um refinado humor. É o caso dos filhos da placa mãe, e do ótimo e ambíguo título de um dos trabalhos: ishtar, a deusa do amor e sua aranha devoradora de corações.
A artista mexe com a sua memória afetiva e o seu bem estar, para nos deliciar e prender com as tramas coloridas dos minuciosos objetos de impecável fatura. Na maioria, são trabalhos que denotam a sua preocupação com o meio ambiente, e um olhar atento para o novo e o inesperado.
A exposição "Séries" tem abertura nesta quinta-feira, dia 14 de abril, a partir da seis da tarde, no Espaço Bahvna, na rua Alagoinhas, 362, Parque Cruz Aguiar, Rio Vermelho, junto à casa de Jorge Amado. Aberta a visitação pública até o dia 14 de maio.
(Com informações da artista visual Lígia Aguiar)
2 comentários:
Mais uma vez agradeção a sua atenção.
Obrigada, amigo.
Abraços,
Lígia
Alegre mesmo! Gostei.
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