A DurolineTec, grupo constituído entre as gaúchas Duroline e Vipal, vai investir inicialmente R$ 325 milhões para implantar na Bahia a primeira fábrica de fibra de carbono do Hemisfério Sul. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 23, às 10 horas, durante assinatura do protocolo de intenções entre a empresa e o Governo do Estado (Foto: Divulgação) para produzir três mil toneladas do produto e mais 1,2 mil toneladas de tecidos ou impregnados, além de gerar 400 novos empregos. "Além dos novos empregos, a Bahia adensa a sua cadeia de produção automotiva, possibilitando a atração de outras empresas satélites de transformação das fibras e garantindo o fortalecimento do Polo Industrial de Camaçari, já que todo material vai ser oriundo de empresas locais", afirma James Correia.
Ao lado da nova sede no Pólo Industrial de Camaçari, que ocupará uma área de 270 mil m2, o grupo também pretende implantar um polo de transformação da fibra de carbono em produtos industrializados, como tecidos, telas e cordas. As fibras são resistentes a altas temperaturas e a corrosão.
De acordo com Carlos Mazzocchi, presidente da Duroline, o projeto pioneiro país, já inicia com grandes perspectivas e pretende nos primeiros 10 anos atingir a produção de 17 mil toneladas de fibras de carbono na unidade baiana. "Esta será, seguramente, uma das mais avançadas fábricas de fibra de carbono do mundo. São investimentos como este, em alta tecnologia, que contribuirão para o desenvolvimento sustentável do Brasil, em sintonia com os países mais desenvolvidos", destaca.
"Este investimento demonstra o comprometimento de nossas empresas com o desenvolvimento tecnológico do Brasil e do estado da Bahia e ratifica o nosso interesse em fazer parte, de forma ativa, da evolução pela qual o nosso país está passando", destaca João Carlos Paludo, vice presidente do Conselho Administrativo do Grupo Vipal.
EXPANSÃO
A Duroline, localizada em Caxias do Sul, atua no mercado há 21 anos e está presente em mais de 50 países. Firmou em 2008, aliança com à Borrachas Vipal, uma das maiores marcas mundiais no segmento de reforma de pneus e câmaras de ar. Além disso, mantém aliança estratégica com a Stemco, fabricante americana de componentes para veículos da linha pesada.
A Vipal, fundada em 1973, em Nova Prata, no Rio Grande do Sul, tem participação também com a argentina Fate (pneus novos), cuja parceria vai render a primeira indústria binacional de pneus, em Guaíba-RS, na produção de pneus de passeio e agrícolas. A empresa tem duas fábricas no país, uma no Rio Grande do Sul e outra em Feira de Santana-BA. A unidade baiana investiu nos dois últimos anos 200 milhões de dólares na ampliação da fabricação de materiais de reforma de pneus e aumentou a capacidade de 12 mil para 18 mil toneladas ao mês.
ALTA RESISTÊNCIA
As fibras de carbono foram desenvolvidas para ser um material de altíssima resistência à tração e baixa densidade, capaz de competir com vantagem com as estruturas convencionais em aço, alumínio, fibras de vidro, entre outras.
Há três décadas, o consumo destas fibras era de somente 50 toneladas. A estimativa é de que, em 2015, este número chegue a 70 mil toneladas e seja utilizado em novas aplicações, além das indústrias clássicas.
Principais utilizações
• Indústria aeronáutica e naval
• Energia eólica/construção civil
• Off-shore (plataformas marítimas de exploração de petróleo)
• Veículos a alta performance (indústria automobilística)
• Freios de alta performance (Fórmula Um, aeronáutica)
• Reservatórios para gases (altas pressões)
HISTÓRICO DA FIBRA DE CARBONO E SUA EVOLUÇÃO MUNDIAL
1880 – Surgem as fibras de carbono como filamento de uma lâmpada incandescente.
1955 - Foram reinventadas por tratamentos térmicos de fibras ou de tecidos de rayon para obtenção de texturas carbonadas para aplicações térmicas.
1960 e 1970 - Obtenção de fibras de carbono com alto módulo e alta tenacidade. Descoberta da possibilidade de obter fibras de carbono a partir da Poliacrilonitrila (PAN).
Atualmente as fibras de carbono de reforço são praticamente todas à partir de Poliacrilonitrila (PAN)
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
• Em bobinas para fabricação de tubos e reservatórios de alta pressão
• Produtos extrudados
- em secções de 2 a 15 mm de diâmetro para aplicações submetidas a altas tensões, tais como off-shore
- com alta resistência térmica como armadura de reforço na construção civil (não sofrem oxidação)
- em secções retangulares para construção civil (baixa densidade e boas propriedades mecânicas)
• Tecidos secos - malha de fibras para automóveis e barcos
• Pré-impregnados: fibras paralelas com impregnação de uma
resina - principalmente para a indústria aeronáutica e
automobilística.
• Moldagem por injeção, com fibras cortadas em décimos de mm
de comprimento, impregnadas com resinas para obter
características idênticas em várias direções - peças grandes
(Com informações de Valana Gualuz, da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração)
Ao lado da nova sede no Pólo Industrial de Camaçari, que ocupará uma área de 270 mil m2, o grupo também pretende implantar um polo de transformação da fibra de carbono em produtos industrializados, como tecidos, telas e cordas. As fibras são resistentes a altas temperaturas e a corrosão.
De acordo com Carlos Mazzocchi, presidente da Duroline, o projeto pioneiro país, já inicia com grandes perspectivas e pretende nos primeiros 10 anos atingir a produção de 17 mil toneladas de fibras de carbono na unidade baiana. "Esta será, seguramente, uma das mais avançadas fábricas de fibra de carbono do mundo. São investimentos como este, em alta tecnologia, que contribuirão para o desenvolvimento sustentável do Brasil, em sintonia com os países mais desenvolvidos", destaca.
"Este investimento demonstra o comprometimento de nossas empresas com o desenvolvimento tecnológico do Brasil e do estado da Bahia e ratifica o nosso interesse em fazer parte, de forma ativa, da evolução pela qual o nosso país está passando", destaca João Carlos Paludo, vice presidente do Conselho Administrativo do Grupo Vipal.
EXPANSÃO
A Duroline, localizada em Caxias do Sul, atua no mercado há 21 anos e está presente em mais de 50 países. Firmou em 2008, aliança com à Borrachas Vipal, uma das maiores marcas mundiais no segmento de reforma de pneus e câmaras de ar. Além disso, mantém aliança estratégica com a Stemco, fabricante americana de componentes para veículos da linha pesada.
A Vipal, fundada em 1973, em Nova Prata, no Rio Grande do Sul, tem participação também com a argentina Fate (pneus novos), cuja parceria vai render a primeira indústria binacional de pneus, em Guaíba-RS, na produção de pneus de passeio e agrícolas. A empresa tem duas fábricas no país, uma no Rio Grande do Sul e outra em Feira de Santana-BA. A unidade baiana investiu nos dois últimos anos 200 milhões de dólares na ampliação da fabricação de materiais de reforma de pneus e aumentou a capacidade de 12 mil para 18 mil toneladas ao mês.
ALTA RESISTÊNCIA
As fibras de carbono foram desenvolvidas para ser um material de altíssima resistência à tração e baixa densidade, capaz de competir com vantagem com as estruturas convencionais em aço, alumínio, fibras de vidro, entre outras.
Há três décadas, o consumo destas fibras era de somente 50 toneladas. A estimativa é de que, em 2015, este número chegue a 70 mil toneladas e seja utilizado em novas aplicações, além das indústrias clássicas.
Principais utilizações
• Indústria aeronáutica e naval
• Energia eólica/construção civil
• Off-shore (plataformas marítimas de exploração de petróleo)
• Veículos a alta performance (indústria automobilística)
• Freios de alta performance (Fórmula Um, aeronáutica)
• Reservatórios para gases (altas pressões)
HISTÓRICO DA FIBRA DE CARBONO E SUA EVOLUÇÃO MUNDIAL
1880 – Surgem as fibras de carbono como filamento de uma lâmpada incandescente.
1955 - Foram reinventadas por tratamentos térmicos de fibras ou de tecidos de rayon para obtenção de texturas carbonadas para aplicações térmicas.
1960 e 1970 - Obtenção de fibras de carbono com alto módulo e alta tenacidade. Descoberta da possibilidade de obter fibras de carbono a partir da Poliacrilonitrila (PAN).
Atualmente as fibras de carbono de reforço são praticamente todas à partir de Poliacrilonitrila (PAN)
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
• Em bobinas para fabricação de tubos e reservatórios de alta pressão
• Produtos extrudados
- em secções de 2 a 15 mm de diâmetro para aplicações submetidas a altas tensões, tais como off-shore
- com alta resistência térmica como armadura de reforço na construção civil (não sofrem oxidação)
- em secções retangulares para construção civil (baixa densidade e boas propriedades mecânicas)
• Tecidos secos - malha de fibras para automóveis e barcos
• Pré-impregnados: fibras paralelas com impregnação de uma
resina - principalmente para a indústria aeronáutica e
automobilística.
• Moldagem por injeção, com fibras cortadas em décimos de mm
de comprimento, impregnadas com resinas para obter
características idênticas em várias direções - peças grandes
(Com informações de Valana Gualuz, da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração)
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