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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

José Ronaldo diz que "é muito cedo para antecipar 2012"

José Ronaldo: O tempo é bom conselheiro
Foto: Divulgação

No "Jornal da Feira", edição de 21 de fevereiro a 4 de março, que está circulando, entrevista do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) concedida especialmente ao jornalista Dimas Oliveira. Ele responde a questões sobre temas políticos locais e nacionais. Fala que "o tempo é bom conselheiro" para os que estão querendo antecipar o processo eleitoral de 2012. Sobre como será feita a escolha do candidato do DEM a prefeito de Feira de Santana, ele afirma que "é um desdobramento interno do partido" e que "é muito cedo para essa questão ser colocada".
Tempo também é colocado por José Ronaldo quando questionado sobre possibilidade de mudança de partido. Trata também sobre seu relacionamento com o prefeito Tarcízio Pimenta e garante, como tem dito e repetido, que "não tenho participado de nada. Estou afastado desse processo e o governo é conduzido por ele". Disse mais que "os cargos pertencem a ele, que tem a caneta para nomear e exonerar".
Jornal da Feira - O ex-presidente Lula já convoca os petistas para as eleições de 2012, até colocando que "sabemos que tem muita cidade em jogo e precisamos começar já a maturar as alianças que nós precisamos fazer". Como o Sr. Vê essa antecipação?
José Ronaldo - Ainda é cedo. Acho que não deve ser precipitado o processo, pois o tempo é bom conselheiro. É preciso aguardar o momento certo.
JF – Em Feira de Santana, quando o DEM vai começar a pensar e discutir as eleições de 2012?
JR – A resposta da questão anterior cabe bem para esta. As próximas eleições devem ter agora discussão interna no partido. Considero a conveniência sobre se buscar entendimento. Este 2011 é ano de cuidar de filiações ao partido.
JF - Como será feita a escolha do candidato do DEM a prefeito de Feira de Santana?
JR – É um desdobramento interno do partido. Tenho afirmado em mi nhas falas que é muito cedo para essa questão ser colocada. As eleições são em 2012.
JF - Existe possibilidade de o Sr. mudar de partido?
JR - O tempo é quem vai dizer sobre essa possibilidade. Sou filiado e pretendo continuar no DEM, partido do qual sou presidente do Diretório Municipal. Minha posição como filiado continua. Sempre estou ouvindo, conversando e analisando as colocações dos companheiros democratas. Mas, política é muito dinâmica.
JF - Ouve-se falar sobre uma possível candidatura do vereador oposicionista Roberto Tourinho (PSB) a vice-prefeito numa composição com o DEM. O que o Sr. Tem a considerar sobre essa questão?
JR – De fato já ouvi falar sobre isso. Mas, não existe nada, nenhuma conversa sobre essa possibilidade. Pelo menos até então.
JF - Secretários municipais que são considerados ronaldistas estariam "atrapalhando" o Governo Municipal. Como o Sr. observa as atitudes do prefeito Tarcízio Pimenta, que iniciou um processo de exonerações, com a saída de Geraldo Sampaio?
JR – Tenho dito e repetido que não tenho participado de nada no governo de Tarcízio Pimenta. Estou afastado desse processo e o governo é conduzido por ele. Os cargos pertencem a ele, que tem a caneta para nomear e exonerar.
JF - O prefeito Tarcízio Pimenta comentou outro dia sobre o DEM ser um partido que não merece a filiação de ninguém. O que o Sr. tem a considerar?
JR - Olha, cada um tem o seu pensamento e diz o que quer.
JF - O deputado federal Fernando Torres tem mostrado certa insatisfação com o DEM. Como o Sr. analisa isso?
JR – O descontentamento de Fernando foi manifestado e ele sabe o porquê. Conversei com ele logo que assumiu o mandato e desejei êxito na Câmara dos Deputados. O tempo vai dizer sobre a questão colocada.
JF - Como o DEM e a oposição devem se comportar em relação ao governo Wagner e ao governo Dilma?
JR – Devem se comportar como oposição, fazendo o seu papel constitucional e criticando o que considera errado no governo. Naturalmente que respeitando as autoridades constituídas democraticamente pelo voto popular.
JF - A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de um fundo para socorros emergenciais. O Sr. acha que sua proposta similar foi copiada ou é mera coincidência?
JR – Um dos carros-chefe do meu programa na campanha eleitoral para o Senado em 2010 foi a proposta de criação de um Fundo Permanente de Assistência aos Municípios em situações de calamidade, como ocorreu recentemente na região serrana do Rio de Janeiro e antes em Santa Catarina, Niterói e Alagoas. Agora, a presidente Dilma Rousseff anuncia a criação de um fundo similar. O julgamento cabe a cada um.
JF - O Sr. participou no início deste mês de seminário político em Bruxelas (Bélgica) e Madri (Espanha). Como surgiu o convite e qual o resultado do evento?
JR - Fui convidado pelo Partido Popular europeu e pela Fondation Robert Schumann. No evento foram debatidos os campos social, político e econômico, bem como se tratou de liberdade de imprensa e liberdade de religião. Também foi ressaltado o valor da família. Do Brasil, a nossa participação e do professor Maurício Romão, do Recife. O resultado positivo foi o ganho de aprendizado e conhecimento junto a líderes europeus e sulamericanos.
JF - O Sr., como ex-prefeito de Feira de Santana, foi notificado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sobre prestação de contas referentes a convênios com várias instituições. Como o Sr. esclarece esta questão?
JR - Os convênios aludidos são provenientes de emendas de subvenções apresentadas por vereadores ao Orçamento Municipal em 2006 e 2008. A notificação do TCM refere-se a dúvidas sobre detalhes técnicos nas contas de 2006 e 2008 – já aprovadas - que serão devidamente esclarecidas pelas instituições relacionadas com apresentação de documentação solicitada antes do prazo estipulado de 20 dias. Lembro que em 2010 várias outras notificações de diversas instituições já tiveram suas contas julgadas pelo Plenário do TCM e aprovadas por unanimidade e sem ressalvas.

Um comentário:

Mariana disse...

Que gente chata essa, Dimas! Mas como sempre, o ex-prefeito se saiu muito bem, porque quem não deve não teme. E também não fica de fofoquinha.