Algo contumaz neste quesito bárbaro é a valorização do que é inferior. Os exemplos são inesgotáveis, acentuam-se por colocar o que está embaixo como se valesse o mesmo do que está por cima. Neste vasto leque encontram-se tanto pessoas como atitudes - muitas delas apoiadas pelo "público" que já se encontra barbarizado - e, claro, a culpa não se resume apenas ao que recebe as honras de ser posto para cima sem condição para isso, mas de todos aqueles que de alguma forma trabalham para que a barbárie se concretize. Permanecerei com os exemplos brasileiros, mesmo sabendo que por aí afora há coisas bem piores.
Nos telejornais vemos o bandido, quando se dá bem como acontece na política, por exemplo, é taxado de espertalhão. O povo, anestesiado, permanece inerte sem fazer absolutamente nada. Já está barbarizado. Escândalos assolam o país como praga e o que deveria enrubescer o mais quadrilheiro dos ladrões, soa normal numa sociedade barbarizada.
No cinema, têm-se o herói violento, incapaz de utilizar a inteligência para algo além da violência. A pornochanchada é ícone da cultura nacional. Escritores fazem seus heróis baseados na esperteza. João Grilo de Suassuna é um belíssimo exemplo. Macunaíma de Mário de Andrade é outro. Os heróis reais, Zumbi, Lampião, Madame Satã... Todos eles brasileiros malandros e sem escrúpulos louvados como grandes pessoas.
Valoriza-se então a figura do político, e o político é aquele que rouba, mas mesmo assim consegue incontáveis seguidores que travam verdadeiras batalhas campais por uma migalha de dinheiro ou um cargo público, onde poderá roubar e se transformar não no político ladrão, mas no capacho do político. É a chamada militância. A política é só um exemplo da mobilização que se consegue entre o povo para elevar ao tudo alguém que é um nada. No Brasil isso é claro.
Vejamos um triste exemplo: Brasil. Presidente: Lula. É maravilhoso chegar numa convenção de chefes de Estado e poder falar o português. Não interessa se todos os outros falam dois, três ou mais idiomas. É perfeito falar apenas um. Se há intérpretes, logo não há motivos para se preocupar com estudo. Tratar essa vergonha como algo nobre, como faz o Exmo. Senhor presidente e ser apoiado por milhões de pessoas, é uma das maiores características da barbarização de um povo. Não sabem mais o que é certo, o que é errado, o que é bom, o que é mau, o que é baixo ou o que é nobre. Sabem apenas que está bom da maneira que está. Para ele, Lula, está ótimo não saber outro idioma, mesmo sendo presidente de uma nação. Há quem considere essa atitude uma superação, mas a verdade é como se fosse nada superado por nada. Tudo trabalha para fazer parecer que o culpado pela desventura intelectual do Lula é culpa daqueles que estudaram e aprenderam algo além da política.
Até mesmo as palavras de consolo por algo que não deu certo vêm carregadas de inferioridade. Põe-se então no outro a culpa pelo próprio fracasso. O casamento terminou? Não será o último. Deu-se mal num negócio? Não foi o primeiro. Sofre de uma doença? Imagine quantas pessoas no mundo sofrem de doenças piores. São os típicos consolos do fracasso. Nada que dê um pouco de trabalho vale à pena.
Voltando ao tema, a valorização do inferior também se faz presente no meio cultural. Malandros e suas gírias, rappers e seus malabarismos verbais, pessoas que alcançam sucesso fácil sem necessidade da inteligência, que mantém os barbarizados repetindo suas invencionices, suas idiotices, suas bobagens como algo transcendental, além da compreensão, pessoas que sem ler um livro são alçadas aos píncaros da cultura (provavelmente cultura deriva de culto, logo a palavra perde o sentido), todos eles considerados artistas, pessoas que estão no auge da glória nacional. São nada elevados à máxima potência. Se aparecem o tempo todo como sendo alguma coisa é porque a população não consegue se identificar com ninguém com uma cultura um pouco superior.
Muito a contragosto, introduzo a partir de hoje no blog essa bobagem de nova ortografia.
Nos telejornais vemos o bandido, quando se dá bem como acontece na política, por exemplo, é taxado de espertalhão. O povo, anestesiado, permanece inerte sem fazer absolutamente nada. Já está barbarizado. Escândalos assolam o país como praga e o que deveria enrubescer o mais quadrilheiro dos ladrões, soa normal numa sociedade barbarizada.
No cinema, têm-se o herói violento, incapaz de utilizar a inteligência para algo além da violência. A pornochanchada é ícone da cultura nacional. Escritores fazem seus heróis baseados na esperteza. João Grilo de Suassuna é um belíssimo exemplo. Macunaíma de Mário de Andrade é outro. Os heróis reais, Zumbi, Lampião, Madame Satã... Todos eles brasileiros malandros e sem escrúpulos louvados como grandes pessoas.
Valoriza-se então a figura do político, e o político é aquele que rouba, mas mesmo assim consegue incontáveis seguidores que travam verdadeiras batalhas campais por uma migalha de dinheiro ou um cargo público, onde poderá roubar e se transformar não no político ladrão, mas no capacho do político. É a chamada militância. A política é só um exemplo da mobilização que se consegue entre o povo para elevar ao tudo alguém que é um nada. No Brasil isso é claro.
Vejamos um triste exemplo: Brasil. Presidente: Lula. É maravilhoso chegar numa convenção de chefes de Estado e poder falar o português. Não interessa se todos os outros falam dois, três ou mais idiomas. É perfeito falar apenas um. Se há intérpretes, logo não há motivos para se preocupar com estudo. Tratar essa vergonha como algo nobre, como faz o Exmo. Senhor presidente e ser apoiado por milhões de pessoas, é uma das maiores características da barbarização de um povo. Não sabem mais o que é certo, o que é errado, o que é bom, o que é mau, o que é baixo ou o que é nobre. Sabem apenas que está bom da maneira que está. Para ele, Lula, está ótimo não saber outro idioma, mesmo sendo presidente de uma nação. Há quem considere essa atitude uma superação, mas a verdade é como se fosse nada superado por nada. Tudo trabalha para fazer parecer que o culpado pela desventura intelectual do Lula é culpa daqueles que estudaram e aprenderam algo além da política.
Até mesmo as palavras de consolo por algo que não deu certo vêm carregadas de inferioridade. Põe-se então no outro a culpa pelo próprio fracasso. O casamento terminou? Não será o último. Deu-se mal num negócio? Não foi o primeiro. Sofre de uma doença? Imagine quantas pessoas no mundo sofrem de doenças piores. São os típicos consolos do fracasso. Nada que dê um pouco de trabalho vale à pena.
Voltando ao tema, a valorização do inferior também se faz presente no meio cultural. Malandros e suas gírias, rappers e seus malabarismos verbais, pessoas que alcançam sucesso fácil sem necessidade da inteligência, que mantém os barbarizados repetindo suas invencionices, suas idiotices, suas bobagens como algo transcendental, além da compreensão, pessoas que sem ler um livro são alçadas aos píncaros da cultura (provavelmente cultura deriva de culto, logo a palavra perde o sentido), todos eles considerados artistas, pessoas que estão no auge da glória nacional. São nada elevados à máxima potência. Se aparecem o tempo todo como sendo alguma coisa é porque a população não consegue se identificar com ninguém com uma cultura um pouco superior.
Muito a contragosto, introduzo a partir de hoje no blog essa bobagem de nova ortografia.
Fonte: Blog "Críticas & Pensamentos"
Um comentário:
Depois que o falastrão assumiu que o Tiririca é o retrato do povo, nada mais a estranhar. São em sua maioria, mesmo, um Tiririca, aculturado e se achando, porque seus iguais o elegeram. So nivelamento por baixo, mesmo. Uma lástima!
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