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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quatro minutos da Bahia que não estão na propaganda do governo

Assista:
http://www.youtube.com/watch?v=fogUm2LcDQM

"Olha, hoje quando eu acordei eu senti que o coração batia um pouco mais forte. Liguei pra o pessoal do programa da televisão e disse a eles que eu tinha algumas coisas que eu precisava falar para os baianos. Até houve uma certa surpresa, porque o programa já estava pronto, mas eu precisava ter essa conversa com vocês. E é por isso que eu estou aqui.
O que tem me incomodado, e que eu queria repartir com vocês, é uma confusão que se estabelceu nesta campanha entre o momento que o Brasil vive e o que está acontecendo com a nossa Bahia. Ora, é claro, o Brasil está crescendo, como os países que crescem também no mundo, e isso é inegável. Mas a Bahia só cresce na propaganda do governo. Na realidade, Pernambuco, Ceará e até Sergipe cresceram mais que a Bahia nesses últimos anos e atraíram mais investimentos do que nós.
O Brasil está enfrentando a violência e a criminalidade. Mas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife, só pra ficar nesses exemplos, os índices de homicídios já caíram muito. Mas a Bahia só controlou o crime na propaganda do governo. Na realidade, apresentou um aumento de 48% nos homicídios em todo o estado. E em Salvador, nossa capital querida, a situação é ainda pior: o índice de homicídios cresceu a espantosa cifra de 80%.
O Brasil tem tido também avanços na saúde. Mas na Bahia, a saúde só vai bem na propaganda do governo. Tudo pra ter que mostrar na propaganda. Na realidade, o atendimento, quando acontece, é feito em macas nos corredores dos hospitais. Somente ano passado, contamos 450 mortes em Salvador, em postos de saúde, de pessoas que não conseguiram vagas nos hospitais. Além disso, o Programa Saúde da Família está praticamente estacionado há quatro anos na Bahia.
O Brasil abre crédito para preservar os seus patrimônios históricos, como Ouro Preto, em Minas, e tantos outros espalhados pelo país. Na Bahia, a preservação só existe na propaganda do governo. O que vemos é o nosso Pelourinho abandonado à própria sorte. Um patrimônio que não é só nosso, mas é de toda a humanidade.
Eu poderia ficar aqui, a noite toda, mostrando a realidade da Bahia, mas acho mais importante perguntar a vocês: por que que isso acontece? Por que a Bahia tem um governo que não preserva a nossa saúde, não faz o nosso estado crescer mais, não consegue conter a violência e deixa morrer o nosso patrimônio, a nossa história, a nossa identidade?
Foi esse governo que abandonou o Viva Nordeste, um programa social de combate à violência que poderia ter evitado o triste primeiro lugar que Salvador ocupa hoje, entre as capitais mais violentas do país
Estou aqui falando diretamente com vocês, porque tenho responsabilidade com essa terra. Uma responsabilidade que não me permite calar diante dessa propaganda enganosa que fala da Bahia como se ela estivesse muito bem. Não posso me calar diante de tanta falsidade.
Por isso, faço a vocês a pergunta que fiz hoje a mim mesmo, quando meu coração bateu mais forte: Até quando a alma baiana continuará sendo cúmplice dessa enganação que tomou conta de nossa terra? Até quando? Deixo com vocês essa resposta".
Paulo Souto, no seu oitavo programa eleitoral, exibido na TV na noite de 30 de agosto
Enviado por imprensa@paulosouto25.com.br

Um comentário:

Mariana disse...

Dimas, pelo que li nas pesquisas, é muito sério o que acontece na Bahia! SE as pesquisas fôrem falsas, estas que dão vitória ao petista no primeiro turno, há que se tomar uma atitude, porque isto só serve prá incentivar aos mais ignorantes e os alienados a praticarem o voto útil, exatamente o que êles querem.
SE as pesquisas forem verdadeiras(duvido), seria um péssimo sinal de que o povo já não tem mais consciência do que se passa ao seu redor e está pouco se lixando para o futuro da Bahia, que no presente já sofre tanto por conta da incompetência desse governador que aí está. Paulo Souto deve mesmo estar angustiado, por ver tanta enganação e a Bahia ser desprezada justo por quem nem daí é.