No "Blog Reinaldo Azevedo", a postagem: PEÇA ELEITORAL FALHOU. ENTÃO BARRETÃO TENTA TRANSFORMAR PROSELITISMO EM OBRA DE ARTE
Vocês já leram por aí que Luiz Carlos Barreto, produtor da hagiografia Lula, O Filho do Brasil, vetou a exibição do filme a 3 mil delegados do 4º Congresso do PT, que ocorre na semana que vem. A justificativa, máxima vênia, é de rolar de rir: “Já estamos sendo acusados de termos feito um filme político, coisa que não era nossa intenção. Se passar num congresso petista, recrudesce essa idéia”.
Deixe-me ver se entendi: a família Barretão adapta para o cinema um livro de uma notória representante do apparatchik petista; recebe uma verdadeira fila de empresas, boa parte delas concessionárias do governo, dispostas a investir na produção; submete o roteiro ao crivo palaciano; programa o lançamento para um ano eleitoral de uma obra que nem mesmo tem a delicadeza de humanizar Lula e faz uma pré-estréia em Brasília para o chamado “mundo político”. E, como se nota, o chefe do clã se mostra contrariado que se diga aquilo que de fato é: tratou-se de uma peça político-eleitoreira. Só que deu errado.
E, porque deu errado, Barretão parece agora reivindicar para a fita o estatuto de obra de arte. Se é, então será necessário dizer por quê. Onde está a dimensão propriamente estética do filme? Dizer que ele é tecnicamente bem-feito não resolve nada.
O fato é que a vaca foi para o brejo. Uma leitora me contou que havia ontem oito pessoas na sessão de um cinema em Imperatriz, no Maranhão, cidade de quase 240 mil habitantes. É bom Barretão caprichar nas próximas produções: se o eleitor, por essa razão ou aquela , até aceita que um gato gordo passe por lebre, parece que, na condição de espectador, ele se tornou um pouco mais exigente.
Vocês já leram por aí que Luiz Carlos Barreto, produtor da hagiografia Lula, O Filho do Brasil, vetou a exibição do filme a 3 mil delegados do 4º Congresso do PT, que ocorre na semana que vem. A justificativa, máxima vênia, é de rolar de rir: “Já estamos sendo acusados de termos feito um filme político, coisa que não era nossa intenção. Se passar num congresso petista, recrudesce essa idéia”.
Deixe-me ver se entendi: a família Barretão adapta para o cinema um livro de uma notória representante do apparatchik petista; recebe uma verdadeira fila de empresas, boa parte delas concessionárias do governo, dispostas a investir na produção; submete o roteiro ao crivo palaciano; programa o lançamento para um ano eleitoral de uma obra que nem mesmo tem a delicadeza de humanizar Lula e faz uma pré-estréia em Brasília para o chamado “mundo político”. E, como se nota, o chefe do clã se mostra contrariado que se diga aquilo que de fato é: tratou-se de uma peça político-eleitoreira. Só que deu errado.
E, porque deu errado, Barretão parece agora reivindicar para a fita o estatuto de obra de arte. Se é, então será necessário dizer por quê. Onde está a dimensão propriamente estética do filme? Dizer que ele é tecnicamente bem-feito não resolve nada.
O fato é que a vaca foi para o brejo. Uma leitora me contou que havia ontem oito pessoas na sessão de um cinema em Imperatriz, no Maranhão, cidade de quase 240 mil habitantes. É bom Barretão caprichar nas próximas produções: se o eleitor, por essa razão ou aquela , até aceita que um gato gordo passe por lebre, parece que, na condição de espectador, ele se tornou um pouco mais exigente.
2 comentários:
Se quem entende de cinema não gostou, achou-o fraco prá caramba e o povão que gosta de boas emoções, achou tudo morno, então, Barretão devia fazer menos estardalhaço, deixar prá lá e não ficar esticando esse "assunto" que só poderá deixá-lo ainda pior.
Prezado Dimas e amigos leitores,
a respeito desse último 'filme' da família Barreto, escrevi uma crítica ('O épico do sapo que na preguiça de tornar-se princípe, transformou-se em presidente')a qual já compatilhei com os leitores do meu blog - teatrocomacaraje.blogspot.com
convido a todos que leiam e reflitam mais um pouco comigo sobre esse tiro propagandístico 'eleitoreiro' que saiu pela culatra.
abraços,
Hedre Lavnzk Couto
diretor de teatral. crítico de teatro e cinema. Salvador.
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