Por Nivaldo Cordeiro, em "Mídia Sem Máscara":
Qual a diferença fundamental entre os mensalões do PT e do DEM, do Arruda? A resposta a essa pergunta é fundamental para entender o movimento subterrâneo da política nacional. Com ela é possível se compreender com clareza meridiana o processo revolucionário em curso, na sua integralidade.
Lembremos do mensalão do PT. Ele chegou a público por uma denúncia do imprevisível Roberto Jefferson, então deputado, que teve seus interesses pessoais contrariados pelo PT. Botou a boca no trombone, testemunhou, deu provas, tinha até filme de pagamento de propina nos Correios. O que aconteceu? Nada. Nem a polícia se mexeu e nem o Judiciário condenou ninguém. Vê-se, pelo episódio que alguns mesaleiros são melhores do que outros diante das autoridades.
Tal fato se repetiu por ocasião da criminosa e desconcertante denúncia do caseiro do ex-ministro Palocci, que de vítima passou a suposto autor de crime. Mesmo mecanismo, a polícia nada fez, a Justiça ignorou e ficou o dito pelo não dito e tudo arquivado, sem culpados.
Como o DEM e José Roberto Arruda são da oposição e atrapalham os projetos políticos totalitários do PT, a roda rodou diferente. Nunca antes na história desse país um governador teve a prisão preventiva decretada. O erro do Arruda foi um só: não estar na base do governo. Veja-se a celeridade ímpar com que a Justiça se moveu, algo surpreendente para a nossa história política.
Vale a máxima getulista: "Aos amigos, tudo. Aos inimigos o rigor da lei".
Essa é a fisiologia dos mensalões. É interessante observar que os atores envolvidos no episódio - os magistrados, os policiais, os promotores - podem até nem ter consciência do processo em curso e estarem muito felizes por cumprirem seu papel constitucional, papel esse que deveria ser rotineiro, cumprindo o estabelecido na Constituição de que todos são iguais perante a lei. Não se deram conta de que podem ter caído na armadilha de, fazendo a coisa certa, ou seja, cumprindo a lei e agindo de forma célere, estarem tão somente pondo mais um tijolo a pavimentar a escalada totalitária.
Veja-se que não defendo a impunidade e menos ainda que Arruda deixe de pagar pela sua arrogância e pelos seus crimes eventuais. Defendo que o mesmo se faça com os quadros políticos do PT. Na verdade, nem defendo, eu aponto que tal coisa não vai e não pode acontecer. A lei e a Justiça foram instrumentalizadas no Brasil pelo partido que tem o projeto de poder totalitário em curso, sem nenhum limite moral.
O mensalão do DEM foi apenas mais um capítulo em que os operadores do Palácio do Planalto decidiram as eleições antes dos eleitores irem às urnas, excluindo talvez seu principal ator. Acredito que estamos diante de um padrão, que se repetirá até que toda a oposição política seja destruída no Brasil. Vivemos os albores de um Estado policial perverso.
Qual a diferença fundamental entre os mensalões do PT e do DEM, do Arruda? A resposta a essa pergunta é fundamental para entender o movimento subterrâneo da política nacional. Com ela é possível se compreender com clareza meridiana o processo revolucionário em curso, na sua integralidade.
Lembremos do mensalão do PT. Ele chegou a público por uma denúncia do imprevisível Roberto Jefferson, então deputado, que teve seus interesses pessoais contrariados pelo PT. Botou a boca no trombone, testemunhou, deu provas, tinha até filme de pagamento de propina nos Correios. O que aconteceu? Nada. Nem a polícia se mexeu e nem o Judiciário condenou ninguém. Vê-se, pelo episódio que alguns mesaleiros são melhores do que outros diante das autoridades.
Tal fato se repetiu por ocasião da criminosa e desconcertante denúncia do caseiro do ex-ministro Palocci, que de vítima passou a suposto autor de crime. Mesmo mecanismo, a polícia nada fez, a Justiça ignorou e ficou o dito pelo não dito e tudo arquivado, sem culpados.
Como o DEM e José Roberto Arruda são da oposição e atrapalham os projetos políticos totalitários do PT, a roda rodou diferente. Nunca antes na história desse país um governador teve a prisão preventiva decretada. O erro do Arruda foi um só: não estar na base do governo. Veja-se a celeridade ímpar com que a Justiça se moveu, algo surpreendente para a nossa história política.
Vale a máxima getulista: "Aos amigos, tudo. Aos inimigos o rigor da lei".
Essa é a fisiologia dos mensalões. É interessante observar que os atores envolvidos no episódio - os magistrados, os policiais, os promotores - podem até nem ter consciência do processo em curso e estarem muito felizes por cumprirem seu papel constitucional, papel esse que deveria ser rotineiro, cumprindo o estabelecido na Constituição de que todos são iguais perante a lei. Não se deram conta de que podem ter caído na armadilha de, fazendo a coisa certa, ou seja, cumprindo a lei e agindo de forma célere, estarem tão somente pondo mais um tijolo a pavimentar a escalada totalitária.
Veja-se que não defendo a impunidade e menos ainda que Arruda deixe de pagar pela sua arrogância e pelos seus crimes eventuais. Defendo que o mesmo se faça com os quadros políticos do PT. Na verdade, nem defendo, eu aponto que tal coisa não vai e não pode acontecer. A lei e a Justiça foram instrumentalizadas no Brasil pelo partido que tem o projeto de poder totalitário em curso, sem nenhum limite moral.
O mensalão do DEM foi apenas mais um capítulo em que os operadores do Palácio do Planalto decidiram as eleições antes dos eleitores irem às urnas, excluindo talvez seu principal ator. Acredito que estamos diante de um padrão, que se repetirá até que toda a oposição política seja destruída no Brasil. Vivemos os albores de um Estado policial perverso.
Um comentário:
Nojento tudo isto! Dêsde que o PT é govêrno, são dois pesos e duas medidas...aos governistas tudo, à oposição, nada! A corrupção e a impunidade só são atitudes ruins se forem praticadas pela oposição, enquanto que aos aliados, o perdão e alguns mimos, como cargos e tapinha nas costas. O mais triste de tudo é a cegueira de nossa justiça, muito conveniente.
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