Platéia conta com 258 poltronas
Basílio Fernandez
Nesta quinta-feira, 25, às 20 horas, a reinauguração do Teatro Municipal Margarida Ribeiro, no bairro Capuchinhos, pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho. A data lembra o aniversário do jornalista Egberto Tavares Costa, que nomina a Fundação Cultural Municipal - se estivesse vivo completaria 63 anos neste dia.
O equipamento ganha sua primeira grande reforma desde a inauguração - foi aberto em novembro de 1982, com concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia, depois de intervenção do então prefeito José Raimundo de Azevêdo, que transformou o auditório do Colégio Monteiro Lobato no Teatro Municipal Margarida Ribeiro.
Foi instalado sistema de refrigeração, platéia que conta com 258 poltronas mais quatro espaços para portadores de necessidades especiais (cadeirantes). O palco do Teatro Municipal mede 10 metros por 8,5 metros de profundidade, tendo 5,20 metros de pé direito, além de 1 metro de procênio. Passa a contar também com equipamentos de sonorização e iluminação cênica de última geração, além dois camarins espaçosos e equipados, bilheteria, lanchonete e quatro banheiros. Os últimos arremates e retoques estão sendo dados no equipamento.
A reabertura do Teatro Municipal acontecerá com solenidade para convidados seguida de apresentação da comédia "Graxeira, Graças a Deus", de Luiz Gomes, com direção de Fernando Marinho, com Márcio Sherrer, José Guedes e Adriano Lima, que é o espetáculo mais bem sucedido de todos os tempos em Feira de Santana, com temporada de 15 anos em cartaz. Realização da Cia Graxeiras de Teatro, a peça ficará em pauta entre sexta-feira, 26, a domingo, 28, sempre às 20 horas.
Segundo Luluda Barreto, diretora de Atividades Culturais da Fundação Egberto Costa, o Teatro Margarida Ribeiro está com pauta lotada até dezembro, com montagens de grupos teatrais locais e incluindo o I Festival Nacional de Teatro Infantil, entre 6 e 12 de outubro.
Quem é
Margarida Ribeiro foi atriz e ativista política em Feira de Santana, tendo participado do célebre XXX Congresso da UNE, realizado clandestinamente num sitio, em Ibiúna, em São Paulo, quando acabou sendo presa por policiais do Dops. Atuou em várias peças encenadas nos anos 60 em Feira de Santana, incluindo "Uma Véspera de Reis", "Natal em Gothan City" e "Pinóquio". Estudava na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), quando faleceu tragicamente em acidente automobilístico, em um domingo, 9 de maio de 1970, Dia das Mães.
No início dos anos 70, outro espaço público levou o nome de Teatro Margarida Ribeiro, na rua Carlos Gomes, onde antes funcionou um boliche. Foi inaugurado com o espetáculo "Cleóputo" e foi fechado depois de temporada de "Ezuma", ambos espetáculos com criação e direção de Antônio Miranda, ambos com atuação de Dimas Oliveira no elenco. Além do teatro, Margarida Ribeiro nomina praça no Shopping Iguatemi.
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