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sábado, 23 de agosto de 2008

Um texto antológico sobre a China e o Partido Comunista

Deu no Blog Reinaldo Azevedo, sobre matéria na revista "Veja":
Mario Sabino, que está na China, escreve um texto sobre o país que já nasce antológico. O repórter e o escritor se fundiram em reportagem e prosa impecáveis no que vale por um pequeno tratado de sociologia política. Apuração jornalística, vivências pessoais e história se misturam em doses exatas. O painel é impecável no todo em cada detalhe - também da linguagem. A China, dominada pelo Partido Comunista, ganha a sua melhor tradução jornalística. Segue um pequeno trecho:
Jade Palace Hotel. É onde a equipe de VEJA está hospedada em Pequim. No cardápio dos estabelecimentos credenciados pelo comitê olímpico, foi apresentado como um hotel do nível dos melhores ocidentais e bem localizado. É longe de tudo, estamos praticamente isolados em uma franja da cidade. Os funcionários são amadores – todos têm o crachá de "trainee" e trabalham por um prato de macarrão. Ninguém fala inglês, ninguém sabe colocar uma mesa, muitos chegaram do interior na semana passada. Pedir um sanduíche de queijo é um sacrifício. Não sabem o que é sanduíche, não sabem o que é queijo, não sabem o que é um hóspede. Os trainees foram encarregados de vigiar cada movimento nosso. Quando não estamos com o crachá olímpico, exigem que apresentemos o cartão magnético do hotel para nos deixar entrar no elevador. A comida é de campo de reeducação. Os preços são extorsivos: um café custa o equivalente a 14 reais. O único serviço satisfatório é o de tinturaria. Não exige comunicação verbal e a tradição chinesa é boa nessa área do conhecimento humano. O Jade Palace Hotel pertence ao governo – ou seja, ao Partido Comunista. Não tem sócios capitalistas, locais ou estrangeiros. Desde que soube disso, este repórter resolveu dar ordens como o presidente Hu Jintao. "Não temos banana, senhor". "Então, ligue para o partido e ache uma banana". A banana aparece. "É impossível achar um táxi, senhor". "Então, ligue para o partido, quero um táxi em cinco minutos". O táxi aparece. Dar ordens é a única maneira de fazer funcionar uma parte dos chineses.

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