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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Os algozes e as vítimas de sempre

Está no Blog Reinaldo Azevedo:
Falei num texto abaixo sobre a essência moral do terrorismo e como somos vítimas freqüentes de sua aparente superioridade moral. Vejam nos jornais brasileiros amanhã e em praticamente todos os sites noticiosos hoje: as forças israelenses mataram de 16 a 20 palestinos - os números variam. A maioria, relatarão os textos, composta de civis. As matérias mais “benevolentes” com Israel recorrerão a verbos no futuro do pretérito para informar que os ataques “seriam” uma retaliação à morte de três soldados israelenses. Não “seriam”, não. “Foram” mesmo. Leia a notícia no New York Times - favorável aos palestinos, mas um pouco mais precisa. Na ação, morreu um cinegrafista na Reuters.
As imagens que correram o mundo mostravam os “civis” mortos por Israel. Mas você jamais verá as vítimas do terrorismo palestino. Porque, afinal de contas, isso não combina com a “coitadismo” de um dos lados da disputa e com a “banditização” do outro lado. Na, digamos assim, disputa midiática, tem preferência quem mata em nome de uma “causa”; quem, afinal de contas, assume o papel do pequeno lutando contra o gigante. De certo modo, o mundo inteiro é refém desse proselitismo assassino. A Israel restaria o papel de alvo passivo de terroristas que não têm qualquer escrúpulo em usar seus próprios civis, incluindo crianças, como escudo.

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