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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Análise sobre a eleição em Feira de Santana

No site "Bahia Já" (www.bahiaja.com.br), do jornalista Tasso Franco, a matéria "Sucessão em Feira de Santana só começa pra valer após a Micareta", com o subtítulo "A sucessão em Feira de Santana está em banho-maria", publicada na quarta-feira, 13:
O prefeito José Ronaldo mantém sua palavra de só anunciar a chapa do Democratas após a Micareta que acontecerá em abril. Não há motivos para pressa, estratégia que o DEM também vem utilizando na capital com o deputado ACM Neto, na medida em que, distantes do poder central, assiste a organização dos seus adversários para se posicionar.
Em Feira estão postas duas pré-candidaturas no DEM entre os deputados Fernando de Fabinho e Tarcízio Pimenta. Há quem sustente que, in-pectore, o prefeito se organizaria em torno de Fernando de Fabinho visando estruturar o grupo Paulo Souto dentro do partido.
Tem lógica. Mas, o DEM não quer perder Tarcízio e pode sair uma composição nesse sentido com Fabinho + Tarcízio. DEM com PR. O senador César Borges, presidente do PR na Bahia esteve em FSA, recentemente, e esta aliança é possível.
Na oposição, a situação é de rearrumação de forças depois da vitória do deputado Sérgio Carneiro para Zé Neto, nas prévias do PT. O PMDB do deputado federal Colbert Filho gostaria muito de ter em seu entorno aliados do PT, PSB, PC do B e até mesmo o PV. Senão todos, porque isso será impossível, pelo menos os dissidentes.
No PT a situação ainda está indefinida face aos recursos impetrados pelo grupo ligado ao deputado Zé Neto contra a candidatura às prévias do deputado Sérgio Carneiro. A situação promete se arrastar, desgastando a base do partido, mas, Sérgio deverá mesmo ser o candidato. Tem o apoio do presidente regional do PT, Marcelino Galo.
O deputado Carneiro se movimenta nos bastidores, o que é natural, quer a unidade do PT e apoio do governador Wagner. Corteja ainda o PC do B e o PV, mas já recebeu um "não" do PSB do vereador Roberto Tourinho. Não se tem notícias de conversas do deputado com legendas ligadas aos evangélicos, importante fatia neste bolo da sucessão municipal, embora não decisiva.
No PC do B duvida-se da candidatura própria tendo na cabeça da chapa o vereador Messias Gonzaga, figura histórica do partido e que não arriscaria um mandato de vereador certo, por uma de prefeito duvidoso. Os comunistas feirenses, presididos pelo sindicalista Américo Caxixi devem, portanto, se aliançar com o PMDB ou o PT.
Consenso em Feira é palavra que não existe. Na eleição de primeiro turno vai ser uma colcha de retalhos multicolorida. Candidatos para todos os gostos. No segundo turno, haverá uma nova rearrumação. A questão é saber quem vai para o segundo turno.
Hoje, diante da organização partidária e do prestígio que desfruta no município, o grupo do prefeito Zé Ronaldo tem a maior possibilidade de ter seu representante no 2º turno. A outra vaga será disputada entre o PT e o PMDB.
Blog Demais comenta: O jornalista Tasso Franco só esqueceu um detalhe. O da possibilidade, que é real, de não haver - quem garante? - segundo turno em Feira de Santana.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Blog Demais comenta com propriedade. Quem garanter que haverá segundo turno em Feira de Santana? Pelo andar da carruagem, o candidato do prefeito leva no primeiro turno. Tanto é verdade que Colbert Martins quer unidade das oposições logo.
Charles Cesar