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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Meu ouvido não é penico

Depois de ser fechada por poluição sonora que incomodava toda a vizinhança, a Estação da Música conseguiu ser reaberta, neste domingo, 17. Neste momento, 22h30, com o que de pior existe na chamada música baiana, incomoda meus ouvidos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente Caro Jornalista... mas os "Jodiltons" da vida não estão nem aí com a poluição sonora e ambiental... só pensam no vil metal, no lucro e na exploração dos mais fracos...
Absurdo.

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Os verdadeiros heróis


Segundo o dicionário, herói é o homem notável por suas qualidades extraordinárias.

Em todas as épocas, a Humanidade elegeu e aclamou heróis.

Entre eles, contam-se governantes iluminados pelo amor ao seu país e ao seu povo.

Também se enumeram filósofos e pensadores de grande talento.

Líderes de resistência contra governos despóticos e cientistas dedicados, igualmente figuram no panteão dos heróis.

Esses homens sempre foram considerados modelos a serem seguidos, por suas excepcionais virtudes.

Atualmente, a Humanidade vive uma fase de turbulenta transição.

Antigos padrões de comportamento são revistos.

Valores consolidados são questionados ou rejeitados, sem muita análise.

O relevante parece ser ousar e inovar, ainda que sem grande critério.

A liberdade é valorizada ao extremo, embora não haja preocupação com a responsabilidade, sua natural contraparte.

Nesse contexto de valores ambíguos, carentes de reflexão e consolidação, surgem novos padrões de conduta.

Personagens exóticas são facilmente alçadas à condição de heróis.

Os passos dessas figuras inquietas são seguidos pela mídia.

Uma multidão fascinada e irrefletida os observa com êxtase e comenta e copia suas palavras e atos.

O novo panteão de heróis é formado por um grupo de criaturas de origem e personalidades variadas.

Há participantes de shows que pretendem imitar a realidade da vida.

Inexplicavelmente, intrigas e brigas que promovem em recinto fechado, mas mostrado pela televisão, os endeusam perante o imaginário popular.

Expectadores ávidos de baixezas acompanham o desempenho desses ídolos.

Há também artistas muito belos, mas desequilibrados, pelos quais as massas se apaixonam.

Muitos deles se deixam fotografar e filmar em cenas despudoradas.

De outro lado, não faltam atletas regiamente remunerados, mas com padrão de comportamento pouco elogiável.

Os novos heróis produzem escândalos, iniciam e terminam relações afetivas com rapidez vertiginosa.

Mas a multidão os acompanha, subjugada por sua juventude, seu brilho, sua beleza e sua arrogância.

Entretanto, o que há de nobre e aprazível no comportamento de tais pessoas?

Uma ligeira reflexão permite concluir que o heroísmo não se expressa mediante comportamentos exóticos.

O genuíno herói há de ser alguém que contribui para a construção de um mundo melhor.

Nessa linha, há inúmeros heróis anônimos, cujo comportamento merece ser admirado e copiado.

Por exemplo, o jovem que diz não às drogas e à promiscuidade.

O estudante atento a seus deveres e que não cola, mesmo tendo oportunidade.

O filho que cuida dos pais idosos ou enfermos.

O professor que leciona com dedicação e competência, mesmo quando mal remunerado.

Os pais que gastam tempo orientando seus filhos, a fim de que não se percam nas ilusões do mundo.

O empresário honesto, que não sonega tributos e nem lesa seus clientes.

Onde quer que haja alguém preocupado em ser honesto e solidário, em construir um Mundo melhor, aí se tem um herói.

Ao eleger seus ídolos e modelos, pense nisso.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXIX, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal
Em 18.02.2008.