No dia 7 deste mês, o Blog Demais publicou o artigo "Retrospectiva de uma traição", de Tiago Martins, que está sendo publicado agora de forma integral:
Há alguns meses, depois que o governador Wagner foi eleito, a imprensa publicou sob o título "Governador eleito conclui anúncio do primeiro escalão", uma reportagem no mínimo curiosa, pois afirmava que "... Já na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o feirense Ildes Ferreira de Oliveira foi indicado para preencher a cota destinada ao PPS".
Aí vem um fato curioso, pois a indicação não era do PPS, era do então presidente do partido, o infiel, Colbert Martins (deputado federal eleito pelo PPS em outubro de 2006 e diplomado em janeiro de 2007 pelo PMDB). O sociólogo Ildes Ferreira (vice-presidente do diretório municipal de Feira de Santana), não tinha nenhuma representatividade entre os dirigentes e filiados do partido, com sua história política reduzida as sombras do ex-prefeito feirense Colbert Martins (pai do deputado Colbert), quando foi secretário municipal e, ultimamente, seria o eterno candidato a vereador da "Princesa do Sertão". Em 1996, Ildes Ferreira foi candidato a vereador pelo PMDB (obtendo 1.711 votos) e Colbert Martins Filho, terceiro colocado nas eleições à Prefeitura de Feira. Com a ida de Colbert para o PPS, Ildes o acompanha e novamente se candidata a vereador em 2000, agora tendo seus 1.921 votos e Colbert tendo ficado em segundo na disputa pela Prefeitura Municipal. Já em 2004, na reeleição do prefeito José Ronaldo, Colbert novamente fica em segundo e Ildes novamente não consegue se eleger vereador obtendo 1.561 votos.
Essa pequena trajetória entre a ligação do deputado federal Colbert Martins e o secretário Ildes Ferreira foram apenas para ilustrar o interesse do deputado em colocar alguém de sua extrema confiança e subordinação na Secretaria, pois quando ele largasse o PPS poderia levar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação com ele. A traição de Colbert foi totalmente premeditada e planejada, onde o fisiologismo e pragmatismo político se sobrepuseram em lugar de garantir e defender os programas e ideários do PPS, acreditando, com isso, na oportunidade de se eleger com a maior facilidade à Prefeitura de Feira de Santana.
O que já estava planejado foi concretizado. No final de dezembro de 2006, o deputado Colbert Martins vai a sua última reunião no PPS, onde é indagado por alguns militantes sobre sua permanência no Partido, mesmo confirmando que continuaria no PPS, o deputado infiel abandona o partido dias depois sendo diplomando pelo PMDB e, levando com ele o deputado Raymundo Veloso. Em meados de abril, o secretário Ildes Ferreira também se desfilia do PPS. E, como foi noticiado por Raimundo Santana no site de Samuel Celestino (28/04/2007): "A única indicação do PPS no primeiro escalão do governo Wagner, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, já não é mais do partido. E a razão é a desfiliação da legenda do secretário Ildes Ferreira. Professor universitário e ligado ao deputado federal Colbert Martins (que está filiado ao PMDB), Ferreira encaminhou esta semana a comunicação ao diretório do partido em Feira de Semana, seu domicílio eleitoral".
Essa atitude premeditada do deputado Colbert Martins deixa claro seu caráter! Ele sabia que se eleito pelo PMDB não teria como negociar uma Secretaria para sua cota política. Então, resolveu ficar no PPS, se eleger, negociar uma Secretaria e depois trair o PPS, levando com ele a Secti.
O PMDB teve em sua cota política duas secretarias estaduais: Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração e a Secretaria de Infra-Estrutura e, acrescentou com a entrada de Colbert a legenda, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com isso, quero demonstrar os danos causados ao Partido com a traição do deputado Colbert:
1. Desrespeito aos mais de 134 mil eleitores que votaram para deputado federal em candidatos da legenda 23, que significa, oposição ao Governo Federal. Com a saída de Colbert e Veloso a bancada federal do PPS na Câmara ficou desfalcada e sem representantes na Bahia, mesmo tendo ficado entre os dez partidos mais votados da Bahia.
2. Desequilíbrio na base que ajudou a eleger o governador Wagner, uma vez que os partidos da base aliada receberam do governador suas pastas para desenvolverem seus projetos nesse novo governo estadual: PC do B - Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes; PSB - Secretaria de Turismo; PTB - Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional; PV - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídrico. Ainda teria o PMDB com a Secretaria de Indústria, Comercio e Mineração e a Secretaria de Infra-Estrutura, além, do PPS com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com essa debandada de Colbert e Veloso para o partido do vice-governador, o PMDB passa a ter o controle de três secretarias.
3. O Partido Popular Socialista na Bahia possui quadros qualificados para gerir as políticas de Ciência e Tecnologia do nosso Estado, entre eles podemos citar dois:
- Professor doutor George Gurgel de Oliveira, atual presidente regional do PPS, que possui doutorado em Engenharia - área interdisciplinar de PSE, pela Universidade Estadual de Campinas; mestrado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade Patrice Lumumba, UAL, Rússia; Especialização em Economia e Tecnologia de Energia pela Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) e Especialização em Extensão e Regularização pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap); além de ser graduado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade da Patrice Lumumba, UAL, Rússia. Atualmente é assessor técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Governo da Bahia, professor pesquisador da pós graduação Universidade Federal da Bahia, professor da pós graduação Universidade Estadual da Bahia. Tem experiência na área de Política e Gestão Ambiental, Política e Gestão de Sistemas Energéticos, Gestão de C&T e desenvolvimento sustentável e Ciência Política, com ênfase em Relações Internacionais.
- Professor doutor Amilcar Baiardi que possui graduação em agronomia pela Universidade Federal da Bahia; pós-graduação com defesa de trabalho final (equivalente ao mestrado profissional) em Reforma Agrária y Desarrollo Rural pelo IICA-Cira da OEA - Colômbia (1966), mestrado acadêmico em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1981); doutorado em Ciências Humanas pela Universidade Estadual de Campinas (1986), tendo realizado o pós-doutorado na área de política de C&T no IMSS, Firenze, Itália (1994). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da pós graduação da Universidade Federal da Bahia, é pesquisador e coordenador de comitê assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, consultor do Ministério da Educação, professor permanente do mestrado profissional da Fundação Oswaldo Cruz, professor orientador da Universitat de Barcelona e da Università di Bologna. Sua produção acadêmica nas várias modalidades ultrapassa 268 trabalhos. Atua em ensino e pesquisa na área de Ciências Sociais Aplicadas, com ênfase em Gestão e Políticas de Ciência e Tecnologia.
Com isso, fica claro que o deputado federal Colbert Martins Filho, não apenas traiu o PPS e seus eleitores, ele também traiu o governador Wagner ao passar sua indicação pessoal como se fosse a indicação do PPS, partido da base que ajudou a elegê-lo no primeiro turno, premeditando o abandono da legenda pela qual foi eleito e reeleito.
Mas, ainda temos tempo hábil para consertar esses erros ocorridos na nossa Bahia. Seria reaver ao Partido as vagas aos suplentes: Maria Auxiliadora Cunha Cerqueira (Professora Dora) e a Cláudio Fidel Máximo Moreira e, permitindo que a Executiva Estadual do PPS, juntamente com seus filiados, indicassem o novo secretário para o Estado da Bahia.
* Tiago Martins é vice-presidente do PPS Salvador, secretário geral da JPS da Bahia e membro da Executiva Estadual do PPS/BA, partido o qual realizou sua primeira e única filiação.
Há alguns meses, depois que o governador Wagner foi eleito, a imprensa publicou sob o título "Governador eleito conclui anúncio do primeiro escalão", uma reportagem no mínimo curiosa, pois afirmava que "... Já na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o feirense Ildes Ferreira de Oliveira foi indicado para preencher a cota destinada ao PPS".
Aí vem um fato curioso, pois a indicação não era do PPS, era do então presidente do partido, o infiel, Colbert Martins (deputado federal eleito pelo PPS em outubro de 2006 e diplomado em janeiro de 2007 pelo PMDB). O sociólogo Ildes Ferreira (vice-presidente do diretório municipal de Feira de Santana), não tinha nenhuma representatividade entre os dirigentes e filiados do partido, com sua história política reduzida as sombras do ex-prefeito feirense Colbert Martins (pai do deputado Colbert), quando foi secretário municipal e, ultimamente, seria o eterno candidato a vereador da "Princesa do Sertão". Em 1996, Ildes Ferreira foi candidato a vereador pelo PMDB (obtendo 1.711 votos) e Colbert Martins Filho, terceiro colocado nas eleições à Prefeitura de Feira. Com a ida de Colbert para o PPS, Ildes o acompanha e novamente se candidata a vereador em 2000, agora tendo seus 1.921 votos e Colbert tendo ficado em segundo na disputa pela Prefeitura Municipal. Já em 2004, na reeleição do prefeito José Ronaldo, Colbert novamente fica em segundo e Ildes novamente não consegue se eleger vereador obtendo 1.561 votos.
Essa pequena trajetória entre a ligação do deputado federal Colbert Martins e o secretário Ildes Ferreira foram apenas para ilustrar o interesse do deputado em colocar alguém de sua extrema confiança e subordinação na Secretaria, pois quando ele largasse o PPS poderia levar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação com ele. A traição de Colbert foi totalmente premeditada e planejada, onde o fisiologismo e pragmatismo político se sobrepuseram em lugar de garantir e defender os programas e ideários do PPS, acreditando, com isso, na oportunidade de se eleger com a maior facilidade à Prefeitura de Feira de Santana.
O que já estava planejado foi concretizado. No final de dezembro de 2006, o deputado Colbert Martins vai a sua última reunião no PPS, onde é indagado por alguns militantes sobre sua permanência no Partido, mesmo confirmando que continuaria no PPS, o deputado infiel abandona o partido dias depois sendo diplomando pelo PMDB e, levando com ele o deputado Raymundo Veloso. Em meados de abril, o secretário Ildes Ferreira também se desfilia do PPS. E, como foi noticiado por Raimundo Santana no site de Samuel Celestino (28/04/2007): "A única indicação do PPS no primeiro escalão do governo Wagner, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, já não é mais do partido. E a razão é a desfiliação da legenda do secretário Ildes Ferreira. Professor universitário e ligado ao deputado federal Colbert Martins (que está filiado ao PMDB), Ferreira encaminhou esta semana a comunicação ao diretório do partido em Feira de Semana, seu domicílio eleitoral".
Essa atitude premeditada do deputado Colbert Martins deixa claro seu caráter! Ele sabia que se eleito pelo PMDB não teria como negociar uma Secretaria para sua cota política. Então, resolveu ficar no PPS, se eleger, negociar uma Secretaria e depois trair o PPS, levando com ele a Secti.
O PMDB teve em sua cota política duas secretarias estaduais: Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração e a Secretaria de Infra-Estrutura e, acrescentou com a entrada de Colbert a legenda, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com isso, quero demonstrar os danos causados ao Partido com a traição do deputado Colbert:
1. Desrespeito aos mais de 134 mil eleitores que votaram para deputado federal em candidatos da legenda 23, que significa, oposição ao Governo Federal. Com a saída de Colbert e Veloso a bancada federal do PPS na Câmara ficou desfalcada e sem representantes na Bahia, mesmo tendo ficado entre os dez partidos mais votados da Bahia.
2. Desequilíbrio na base que ajudou a eleger o governador Wagner, uma vez que os partidos da base aliada receberam do governador suas pastas para desenvolverem seus projetos nesse novo governo estadual: PC do B - Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes; PSB - Secretaria de Turismo; PTB - Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional; PV - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídrico. Ainda teria o PMDB com a Secretaria de Indústria, Comercio e Mineração e a Secretaria de Infra-Estrutura, além, do PPS com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com essa debandada de Colbert e Veloso para o partido do vice-governador, o PMDB passa a ter o controle de três secretarias.
3. O Partido Popular Socialista na Bahia possui quadros qualificados para gerir as políticas de Ciência e Tecnologia do nosso Estado, entre eles podemos citar dois:
- Professor doutor George Gurgel de Oliveira, atual presidente regional do PPS, que possui doutorado em Engenharia - área interdisciplinar de PSE, pela Universidade Estadual de Campinas; mestrado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade Patrice Lumumba, UAL, Rússia; Especialização em Economia e Tecnologia de Energia pela Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) e Especialização em Extensão e Regularização pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap); além de ser graduado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade da Patrice Lumumba, UAL, Rússia. Atualmente é assessor técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Governo da Bahia, professor pesquisador da pós graduação Universidade Federal da Bahia, professor da pós graduação Universidade Estadual da Bahia. Tem experiência na área de Política e Gestão Ambiental, Política e Gestão de Sistemas Energéticos, Gestão de C&T e desenvolvimento sustentável e Ciência Política, com ênfase em Relações Internacionais.
- Professor doutor Amilcar Baiardi que possui graduação em agronomia pela Universidade Federal da Bahia; pós-graduação com defesa de trabalho final (equivalente ao mestrado profissional) em Reforma Agrária y Desarrollo Rural pelo IICA-Cira da OEA - Colômbia (1966), mestrado acadêmico em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1981); doutorado em Ciências Humanas pela Universidade Estadual de Campinas (1986), tendo realizado o pós-doutorado na área de política de C&T no IMSS, Firenze, Itália (1994). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da pós graduação da Universidade Federal da Bahia, é pesquisador e coordenador de comitê assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, consultor do Ministério da Educação, professor permanente do mestrado profissional da Fundação Oswaldo Cruz, professor orientador da Universitat de Barcelona e da Università di Bologna. Sua produção acadêmica nas várias modalidades ultrapassa 268 trabalhos. Atua em ensino e pesquisa na área de Ciências Sociais Aplicadas, com ênfase em Gestão e Políticas de Ciência e Tecnologia.
Com isso, fica claro que o deputado federal Colbert Martins Filho, não apenas traiu o PPS e seus eleitores, ele também traiu o governador Wagner ao passar sua indicação pessoal como se fosse a indicação do PPS, partido da base que ajudou a elegê-lo no primeiro turno, premeditando o abandono da legenda pela qual foi eleito e reeleito.
Mas, ainda temos tempo hábil para consertar esses erros ocorridos na nossa Bahia. Seria reaver ao Partido as vagas aos suplentes: Maria Auxiliadora Cunha Cerqueira (Professora Dora) e a Cláudio Fidel Máximo Moreira e, permitindo que a Executiva Estadual do PPS, juntamente com seus filiados, indicassem o novo secretário para o Estado da Bahia.
* Tiago Martins é vice-presidente do PPS Salvador, secretário geral da JPS da Bahia e membro da Executiva Estadual do PPS/BA, partido o qual realizou sua primeira e única filiação.
Um comentário:
Muito forte esse texto! Mas real... O pior é os adesivos que Colbert usa em Feira de Santana mostrando que "Agora é 15". Ele tem orgulho com o que fez? Quem trai uma vez pode trair outras... Será que Feira de Santana quer ser traida?
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