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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Sete anos sem Tuna Espinheira: Uma vida dedicada ao cinema

 



Nesta segunda-feira, 28, sete anos da morte do cineasta Tuna Espinheira.

José Antonio D'Andrea Espinheira (1943–2015), ou, simplesmente, Tuna Espinheira, dedicou mais de 40 anos de trabalho ao cinema, sobretudo à realização de documentários. 

Segundo dos sete filhos do advogado Ruy Alberto de Assis Espinheira, e de Iracema D'Andrea Espinheira, de ascendência italiana, Tuna passou a infância e o início da adolescência na cidade de Poções, no Centro-Sul da Bahia. Trabalhou em mais de 30 filmes, eventualmente como ator (no caso de "Um Sonho de Vampiros", de Iberê Cavalcanti, 1969; "Cristais de Sangue", em 1975; e "Um Brasileiro Chamado Rosa Flor", em 1976), mas quase sempre como roteirista, editor (animação "Boi Aruá", de Chico Liberato) e diretor. 

Seu trabalho foi reconhecido com várias premiações, como em "O Bruxo Bel Borba" e "O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão: Veredas". Em 2004, lançou o primeiro longa-metragem "Cascalho" (Tuna e Dimas Oliveira, no lançamento em Feira de Santana), filme de época (anos 1930), inspirado na obra de Herberto Sales e totalmente filmado em Andaraí, na Chapada Diamantina - selecionado para a mostra do 37º Festival de Cinema de Brasília -, sendo premiado como Melhor Filme no Festival de Cinema e Vídeo de Macapá. 

Em 2013, lançou seu último filme, sobre a obra de Juracy Dórea, artista plástico de Feira de Santana. Tuna morreu aos 71 anos e deixou um filme inacabado, sobre o poeta baiano Eurico Alves Boaventura, e um documentário sobre o educador Anísio Teixeira. 

Irmão do sociólogo Gey Espinheira e do escritor Ruy Espinheira Filho, Tuna foi casado com a produtora Yara Maria Brandão Espinheira, sua companheira por mais de 40 anos, com quem teve uma filha, a atriz Maria Rosa Espinheira.
Como documentarista, realizou curtas-metragens, como "Major Cosme de Farias: O Último Deus da Mitologia Baiana", "Dr. Sobral Pinto", "Samba Não Se Aprende na Escola", "Comunidade do Maciel", "O Fazendeiro do Ar", "A Ilha da Resistência", "Leonel Mattos a 24 Quadros Por Segundo", entre outros, incluindo "Luiz Gonzaga: O Rei do Baião", filme rodado e finalizado, entre 1968/69, com roteiro e direção dele. Em 1998, Tuna realizou o documentário "Viva o 2 de Julho", duração de 14 minutos, formato em 35mm, um filme com enfoque histórico antropológico sobre a Independência da Bahia. Com sua mulher Yara Maria Espinheira como assistente de direção e Othon Bastos como narrador.
Também realizou, "O Cisne Também Morre", média-metragem de ficção. Além de "Um Sonho de Vampiros", de Iberê Cavalcanti, 1969, apareceu em "Cascalho", seu primeiro longa-metragem - foi lançado em Feira de Santana, no Orient Cinemas Boulevard, em 2008. Totalmente filmado em Andaraí, na Chapada Diamantina, o filme conta a saga dos garimpeiros na região na primeira metade do século passado (anos 30), e suas disputas com os coronéis.
Tuna tinha mais ligações com Feira de Santana: era amigo de Olney São Paulo (foi assistente de direção de "Cachoeira, Documento da História") e de Irving São Paulo (que atuou em "Cascalho").

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