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O cinema italiano presente com o filme "Eu Estava em Guerra Mas Não Sabia"(Ero in Guerra Ma No lo Sapevo), de Fabio Resinaro, lançado na terça-feira, 25, na Itália. Espera-se que esteja disponível, em breve, no Brasil.
Milão, final dos anos 1970. Pierluigi
Torregiani (Francesco Montanari), um joalheiro com fabricação própria, sofre uma
tentativa de assalto em que um bandido morre. Não foi ele quem atirou,
mas muitos jornais o acusam de ser um carrasco burguês. A tensão política da
época fez dele um alvo perfeito para o Proletários Armados para o Comunismo
(PAC), um grupo de terroristas liderado por Cesare Battisti - "herói"
dos "progressistas" brasileiros -, que o identificou como um culpado a ser punido. Torregiani e sua
família recebem ameaças de morte: o perigo é tão real que ele recebe uma
escolta. Mas as intimidações não param: cada vez mais invasivas, condicionam-no
no trabalho e sobretudo nas relações com os familiares, consumidos ao ponto de
se separarem.
O filme conta sobre um homem
que, sob ataque contra a sua vontade, vive uma profunda crise familiar que só
se recompõe após a sua morte, ocorrida nas mãos de autoproclamados
revolucionários.
Baseado no romance escrito por Alberto Dabrazzi
Torregiani, que foi gravemente ferido na emboscada contra seu pai com a
consequente perda do uso das pernas, o filme tem roteiro do próprio Fabio
Resinaro, junto com Mauro Caporiccio e Carlo Mazzotta, reconstruindo a
atmosfera de opressão sofrida pela família nas semanas que antecederam a
execução do joalheiro.
Alberto Torregiani lembra que a recente extradição,
pelo Governo Bolsonaro, e a prisão perpétua de Battisti na Itália, após cerca
de 40 anos de fuga - muitos deles "refugiado" no Brasil petista -, "não fecha
completamente a história do meu pai, mas dá, certamente, mais valor às batalhas
que tivemos". "E o filme mostra também como o linchamento midiático foi o
verdadeiro motor daquele homicídio", conclui.
Ainda no elenco: Laura Chiatti, Pier Giorgio Bellocchio, Martina Cavazzina.
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