A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB) e a Embrapara Mandioca e Fruticultura, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Cruz das Almas, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento celebram a renovação de
importante acordo de cooperação para o desenvolvimento científico no Recôncavo
da Bahia. O Acordo de Cooperação para o fortalecimento de programas de
pós-graduação tem vigência de cinco anos. A formalização do convênio tem como objetivo
estabelecer uma estratégia eficaz de cooperação acadêmica, científica, técnica
e tecnológica, compartilhando infraestrutura, capacidade e conhecimento
relacionados à grande área de Ciências Agrárias.
As pesquisadoras e pesquisadores da Embrapa
participam de atividades na UFRB como orientadores e coorientadores de
estudantes de programas de pós-graduação da UFRB, auxiliando na elaboração de
importantes pesquisas em nível de mestrado e doutorado, com impacto
significativo para os programas de iniciação científica e
tecnológica; realizam publicações conjuntas de livros, capítulos de livro,
artigos científicos em periódicos indexados e em anais de eventos com docentes
e discentes; ministram disciplinas, seminários e palestras; participam de ação
conjunta na elaboração e execução de projetos de pesquisa e inovação
tecnológica, entre outras atividades.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação,
Criação e Inovação (PPGCI), professor Maurício Silva, celebrou a renovação da
parceria e destacou que o novo acordo permite uma participação ainda mais ativa
de pesquisadores da Embrapa nos programas de pós-graduação da UFRB, o que vai
contribuir não apenas para a consolidação dos programas já existentes, bem como
com a proposição de novos. Para Maurício, "este é um importante passo manter a
referência e a excelência da UFRB nesta área, impactando fortemente a produção
científica na Bahia e no Brasil".
O Acordo de Cooperação proporciona o trânsito de
pesquisadores entre as instituições, com o uso compartilhado das estruturas de
pesquisa, fortalecendo o sistema interno de pós-graduação da UFRB e o campo de
pesquisa científica existente na Embrapa.
De acordo com o reitor da UFRB, professor Fábio
Josué Santos, "a continuidade desta parceria histórica entre a UFRB e a
Embrapa é de grande importância para toda a região, pois
fortalece projetos de pesquisa no Recôncavo da Bahia, que agora têm seu
escopo ampliado através deste acordo".
O pesquisador Francisco Laranjeira, chefe-adjunto
de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura explica
que "este termo aditivo permite a nossa participação efetiva em cursos de
pós-graduação, a presença de estudantes em trabalhos de pesquisa desenvolvidos
pela Unidade e de pesquisadores com dedicação de 12 horas semanais nos cursos
de pós-graduação".
O convênio especifica que a UFRB tem uma
plasticidade maior para atingir outros recursos genéticos de diferentes
espécies de importância para a região Nordeste, o que permite aos estudantes,
pesquisadores e professores promover trabalhos com bromélias, orquídeas,
mamona, pinhão-manso e frutíferas típicas da região, ainda pouco estudadas, a
exemplo de umbu-cajá e fruta-pão.
A UFRB também possui o Herbário do Recôncavo da Bahia
(Hurb), com 30 mil amostras cadastradas e disponibilizadas online para consulta
de todo o acervo. O estado da Bahia abriga três dos principais biomas
brasileiros (Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado), que se destacam não só pela
grande diversidade genética, mas também pelo grande número de endemismos.
Histórico
A parceria no campo da pesquisa entre
a Embrapa e a UFRB remonta a 1979, ou seja, possui mais de quarenta anos.
Isso porque o Programa de Pós- Graduação em Ciências Agrárias se iniciou em
agosto daquele ano, com o curso de mestrado, na então Escola de Agronomia da
Universidade Federal da Bahia (UFBA), como resultado de um acordo firmado entre
a UFBA, o Centro Nacional de Mandioca e Fruticultura (Embrapa/CNPMF) e a
Fundação Rockefeller, com área de concentração em Fitotecnia.
Atualmente a UFRB conta com acordos de cooperação
ampla com a Embrapa, como no caso do Programa de Recursos Genéticos Vegetais
(RGV) e participação ativa de pesquisadores em outros programas, como Ciências
Agrárias, Engenharia Agrícola e Defesa Agropecuária.
(Com informações da Assessoria
de Comunicação da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia)