Sempre gostei dos filmes de 007 e o primeiro, "O Satânico Dr. No" (1962), com Sean Connery, visto em 1964, no Cine Santanópolis, considero o melhor, seguido de "007 - Cassino Royale" (2006).
A 25ª parte da série oficial, "Sem Tempo Para Morrer", em cartaz nos cinemas, foi vista na noite de quarta-feira, 6. Não decepciona, apesar da diversidade imposta dos dias atuais, que descaracteriza a criação do escritor Ian Fleming.
Nos créditos finais há a declaração costumeira dos filmes de 007: "James Bond vai voltar". Pelo que foi visto - não vou dar spoiler -, não creio na afirmativa. Com este filme, o fim da era James Bond?
Também é o quinto e último
filme com Daniel Craig como o icônico personagem - antes, "007 - Cassino Royale" (2006), "007 - Quantum of
Solace" (2008), "007 - Operação Skyfall" (2012), e "007 Contra Spectre" (2015).
Mas, o personagem 007 deve
continuar. No filme em tela a personagem Nomi (Lashana Lynch) é apresentada
como 007, uma agente secreta, mulher e negra. Olha a tal da diversidade aí.
Com 163 minutos ou duas horas e 43 minutos, quase três horas, este é o filme mais longo da série.
Em "Sem Tempo Para Morrer", James Bond é pai - de Mathilde (Lisa-Dorah Sonnet) - pela primeira vez em 25 filmes. Laços de família são destacados na ação, que inclui vingança, megalomania, biotecnologia e nanotecnologia.
Como sempre nos filmes desta série, a luta do bem contra o mal, de um contra muitos.
Itens triviais
* O vilão do filme, de nome Lyutsifer Safin (Rami Malek), remete ao maligno Lúcifer.
* O lançamento oficial e o anúncio do filme ocorreram na GoldenEye, na Jamaica, onde o escritor Ian Fleming criou o personagem James Bond em 1952 e escreveu doze romances e duas coleções de contos.
* O trecho que M (Ralph Fiennes) lê no final do filme é do romancista americano Jack London: "A função própria do homem é viver, não existir. Não perderei meus dias tentando prolongá-los. Usarei meu tempo."
* Existem várias referências a filmes anteriores de James Bond. Os créditos iniciais começam com os mesmos pontos coloridos de "O Satânico Dr. No"; o filme termina com a canção de Louis Armstrong "Temos Todo o Tempo do Mundo" como em "007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade" (1969); a cena de abertura do filme segue uma citação de Madeleine (Lea Seydoux) em "007 Contra Spectre" (2015), quando ela diz que um homem veio a sua casa quando ela era criança; no escritório de M, há fotos de seus antecessores: Bernard Lee, Robert Brown e Judi Dench; o covil de Safin faz referência ao trabalho de design de produção de Ken Adam em dois filmes de Sean Connery, "O Satânico Dr. No" - a localização da ilha covil e a sala de Safin - e "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (1967).
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