Por Silvio Pedra
Venho
compartilhar alguns fatos observados durante o mês que é de grande valia para
nossos investimentos.
Há tempos
que observamos a Selic cair (os juros futuros também) e a inflação muito baixa,
sem dar sinais de retomada e sendo revisada constantemente para baixo. Pois
bem, existem indícios de que isso possa ter mudado ou, ao menos, se acomodado.
Começando
pelos juros, sua projeção sofreu forte alta este mês. Pouco tempo atrás, o
patamar de 4,25% era dado como certo em fevereiro de 2020. Hoje, a precificação abaixo de
4,50% foi praticamente anulada pelo mercado, e a projeção para 2020 subiu de
4,25% para 4,50%.
Tudo isso
tem a ver com a inflação. Existem fatores que sinalizam que a inflação tenha
achado sua mínima, e que a tendência agora é se manter ou subir.
Alguns
fatores que me baseio para achar que a inflação atingiu um piso:
1) Brasil
cria 157 mil empregos formais em setembro, sexto mês consecutivo de alta.
2) Dólar
atingindo máximas (a moeda é responsável pelo aumento de preços de vários itens
do nosso consumo).
3)
Relatório Focus revisou a inflação para cima pela terceira semana consecutiva.
Também revisou o PIB para cima em 2019, e pela terceira vez para 2020.
4)
Recuperação da economia acelera no terceiro trimestre, principalmente setores
de serviço e comércio.
5)
Confiança do consumidor bate recorde.
6)
Secundariamente, pela abertura do mercado bovino pela China, levando à forte
alta do boi (e possivelmente de frango e porco) que pode resultar no aumento de
diversos outros preços, como soja e milho que são usados para ração.
Todos esses itens representam 13,27% do índice IPCA, levando em consideração o
item "alimentação fora de domicílio".
Baseado
no exposto, parece que encontramos um ponto de inflexão, fica a reflexão.
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