Poster original
Foto: Divulgação
O
drama romântico "Trapézio" (Trapeze), de Carol Reed, 1954, foi o
primeiro filme visto em Feira de Santana na então revolucionária
tecnologia do CinemaScope.
O Cine Íris foi reformado para instalar a tela grande em sua sala. A inauguração se deu em 1958.
O
CinemaScope era o sistema de filmagem em 35mm e projeção panorâmica,
baseada em lente anamórfica criada pelo professor e astrônomo francês
Henri Chrétien (1879-1956). O procedimento foi adquirido em 1952 pela
20th Century Fox e logo explorado comercialmente, sendo o primeiro filme
do sistema “O Manto Sagrado” (The Robe).
O
sistema anamórfico consistia que na filmagem as imagens eram
comprimidas para reintegrá-la no momento da projeção com proporções
normais.
Em
"Trapézio", Tino Orsini (Tony Curtis) vai até Paris, para tentar
aprender com um famoso trapezista, Mike Ribble (Burt Lancaster) - que
sofreu um acidente no passado -, como executar o salto triplo mortal.
Ele ganha a confiança de Ribble, mas a amizade entre os dois é ameaçada
quando Lola (Gina Lollobrigida), outra trapezista do circo quer atuar
junto dos dois. Ribble gosta de trabalhar em dupla e um triângulo
amoroso surge, quando ela desperta a atenção dos dois trapezistas.
"Trapézio"
é um filme muito bom sobre os bastidores do circo, os dramas, os
conflitos, os amores, os ciúmes e o desempenho no picadeiro. Revisto,
ainda fascina.
Destaque
no filme para a trilha sonora, que inclui a clássica "Danúbio Azul"
(The Blue Danube), de Johann Strauss, que pontua as cenas com os
trapezistas em atividade. Ainda tem valsa e noturno de Frédéric Chopin,
bem como a marcha "The Stars and Stripes Forever", de John Philip
Souza.
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