Por Ricardo Noblat
Deram em
nada os esforços do PT para chegar nos trinques às vésperas do início da
próxima campanha presidencial. Perdão! Sejamos justos com o PT: deram em nada
os esforços de Lula para chegar nos trinques. Porque o PT limitou-se como
sempre a obedecer às suas ordens.
Lula
entregou-se à polícia convencido de que sua passagem pela prisão seria breve.
Quando muito, poderia ser solto antes mesmo das eleições. Se não fosse, preso
ficaria em casa, influindo com mais liberdade nos destinos da escolha do
sucessor de Temer.
Se nada
disso fosse possível, pelo menos no cárcere concederia entrevistas e até
gravaria vídeos a irem ao ar nos programas de propaganda eleitoral do candidato
a ser abençoado por ele - um boneco que dissesse "Lula sou eu e eu sou Lula. Se
eleito, farei o que ele mandar".
Nada
disso deu certo. Do cárcere não sairá tão cedo. "Por que sairia? Só por que é
Lula?" - perguntou, ontem, um ministro do Supremo Tribunal Federal numa roda de
conversa com amigos. Está proibido de dar entrevistas e de gravar vídeos de
campanha.
Foi
incapaz de unificar a esquerda em torno do seu nome como desejava. Por suas
palavras e obras, deixa uma legião de feridos dentro e fora do PT. Dentro, por
exemplo: Marília Arraes em Pernambuco e José Pimentel no Ceará, o senador
impedido de tentar se reeleger.
Fora do
PT, por exemplo: Ciro Gomes (PDT), de quem subtraiu o apoio que o Partido
Socialista Brasileiro (PSB) lhe daria. O apoio significava mais 44 segundos de
tempo de propaganda para Ciro no rádio e na televisão. Se os 44 segundos não
pudessem ser do PT que não fossem de ninguém. Não serão de ninguém.
Lula
livre e candidato dá lugar a Lula preso e sem volta à Presidência da República.
Fonte: Blog
do Noblat
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