Fora de coligação, socialistas perdem controle sobre tempo de
televisão, que será distribuído proporcionalmente entre todas as candidaturas
Depois de dias de negociações, o PT conseguiu
na quarta-feira, 1, a promessa de que o PSB permanecerá
neutro no primeiro turno das eleições, rejeitando uma coligação com o
ex-ministro Ciro Gomes (PDT), considerada essencial para que o pedetista
tivesse mais tempo no rádio e na televisão. Mas se Ciro é o grande prejudicado,
os beneficiados são todos os demais candidatos, incluindo os de direita, a
exemplo de Jair Bolsonaro (PSL).
O motivo é que, como o PSB não estará em nenhuma
coligação - nem na de Ciro, nem na do PT - os cerca de 50 segundos a que o
partido tem direito em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos para a campanha
dos presidenciáveis serão distribuídos entre todos os adversários. No inciso 6,
artigo 48, da resolução das eleições 2018 está
claro: "Na distribuição do tempo para o horário eleitoral gratuito em
rede, as sobras e os excessos devem ser compensados entre os
partidos políticos e as coligações concorrentes, respeitando-se o horário
reservado para a propaganda eleitoral gratuita".
O tempo
de televisão de partidos que não se posicionarem, o que deve ser o caso dos
socialistas, são contados como "sobras", assim como o excesso do tempo de
coligações com mais de seis partidos. "Na prática, não é vantagem nem para o PT
nem para o PSB, porque, neutro, o partido não está fora de coligações e não
pode determinar o que ocorre com seu tempo", explicou o advogado Marcellus
Ferreira Pinto, do escritório Nelson Willians Advogados Associados.
"O PSB perde espaço de divulgação do próprio partido e, se não adere à coligação, não soma ao do PT. Na prática, a decisão mais prejudica o Ciro do que beneficia o PT", completou. Durante entrevista ao programa "Central das Eleições", da GloboNews, o candidato do PDT falou sobre a postura do partido. "O nível de radicalismo e de miudice com que eles [do PT] passaram a me tratar de um tempo pra cá a mim me surpreendeu, porque não sei o que eu fiz para merecer isso".
Uma aliança de Ciro com o PSB era vista como um acordo com potencial de transformá-lo em principal representante da esquerda nas eleições, dada a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, apesar de liderar as pesquisas, é virtualmente inelegível pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.
Fonte: https://veja.abril.com.br
"O PSB perde espaço de divulgação do próprio partido e, se não adere à coligação, não soma ao do PT. Na prática, a decisão mais prejudica o Ciro do que beneficia o PT", completou. Durante entrevista ao programa "Central das Eleições", da GloboNews, o candidato do PDT falou sobre a postura do partido. "O nível de radicalismo e de miudice com que eles [do PT] passaram a me tratar de um tempo pra cá a mim me surpreendeu, porque não sei o que eu fiz para merecer isso".
Uma aliança de Ciro com o PSB era vista como um acordo com potencial de transformá-lo em principal representante da esquerda nas eleições, dada a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, apesar de liderar as pesquisas, é virtualmente inelegível pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.
Fonte: https://veja.abril.com.br
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