Lula caracterizado como presidiário em manifestação
no Distrito Federal
Foto: Cristiano Mariz/Veja.com
Por Reinaldo Azevedo
Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu à
manifestação, no instituto que leva seu nome, promovida pela CUT e pelo
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - onde ele nasceu politicamente, quando ainda
apenas de São Bernardo e Diadema. Por que não? Inexiste explicação lógica. É
claro que, segundo a narrativa que se conta no petismo, ele deveria estar lá,
não é mesmo? Não pode se exibir como um símbolo, uma abstração intangível, até
entre os seus. É que o contraste seria vexaminoso para ele. A sociedade civil,
sem estrelas da grandeza do poderoso Babalorixá de Banânia, pôs mais se 600 mil
pessoas nas ruas, segundo as Polícias Militares. Lula sabe que seu PT agoniza.
E tem claro que a sua imagem está se esfarelando.
Brasil afora, ele próprio não era menos alvo dos
protestos do que Dilma Rousseff. Aquele que Gilberto Carvalho dizia ser, ainda
em 2013, o "Pelé" que estava no banco de reservas do PT é hoje tratado como um
perna de pau. Jilmar Tatto, secretário de Transportes e homem forte do prefeito
Fernando Haddad, afirmou que o protesto só existe porque a oposição teme Lula
em 2018.
Para começo de conversa, não é certo que esse
governo se segure até lá. Mas também isso já foi. O Lula imbatível nas urnas é
hoje coisa de um passado até recente no tempo, mas muito distante quando se
considera o ritmo acelerado em que amadurece a sociedade brasileira. Ninguém
mais cai na conversa.
Lula até tentou nos últimos 15 dias revitalizar
aquele papo furado da luta do "nós" contra "eles"; das "elites" contra o "povo". Sempre foi uma falsa questão, sempre foi uma boçalidade política. Mas
tão mais distante se torna quando se constata que, fora do governo, só em
palestras estupidamente bem pagas, amealhou R$ 27 milhões, boa parte delas
contratadas e pagas por empresas investigadas na Lava-Jato.
O companheiro, que pretende ser o monopolista do
povão, é hoje um milionário, não é mesmo? E não haveria mal nenhum nisso se a
fortuna, essa que conhecemos, houvesse sido conquistada longe do poder e de
interesses que se entrelaçam com dinheiro público. Mas também isso não bate com
a realidade.
Os lulistas gostariam que fosse verdadeira a falsa
tese de que é a ruindade do governo Dilma que contamina a imagem de Lula. Não
é, não! Há até uma possibilidade, no terreno estritamente pessoal, de que seja
o contrário. Não é difícil a gente ouvir por aí que Dilma pode até ser honesta,
o problema está no fato de ser tutelada por Lula e pelo PT. Desconheço se
alguém já fez algo parecido, e fica aqui a dica: institutos de pesquisa
deveriam escolher algumas personalidades públicas para que a população
avaliasse a sua honestidade, com notas de zero a 10. Aposto que Dilma receberia
uma pontuação acima da de Lula.
Na Avenida Paulista - e, segundo sei, foi assim em
toda parte -, Lula não apanhou menos do que Dilma e do que o PT propriamente.
Aquele que era o Pelé do banco, a eterna reserva moral para opor o povo à Dona
Zelite, hoje já não é mais garantia de nada. Bonecos infláveis Brasil afora o
caracterizavam como um presidiário.
E isso lança o PT num verdadeiro desespero. Os "companheiros" não sabem por onde recomeçar. Acusam conspirações as mais
exóticas e variadas, mas nem eles acreditam seriamente em suas mentiras
convenientes.
O mito Lula está acabado, e resta agora torcer para
que a Justiça não resolva ajustar as contas com o homem Lula.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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