Por Reinaldo Azevedo
Pronto!
Dilma Rousseff (PT) conseguiu. Chegou lá. Já é a presidente mais mal avaliada
desde que o Datafolha começou a fazer essa medição, no governo Collor - e,
muito provavelmente, é a governante mais impopular da história. Segundo
levantamento feito pelo Datafolha entre estas terça e quarta, nada menos de 71%
consideram seu governo ruim ou péssimo, contra apenas 8% que o veem como ótimo
ou bom. Há três meras semanas, esses números eram, respectivamente, 65% e 10%.
Dizem ser regular 20%. Na véspera do impeachment, Collor era aprovado por 9% e
reprovado por 68%.
Querem
saber? A população faz justiça a Dilma. Ela foi eleita há menos de 10
meses e está na posse de seu segundo mandato há menos de oito: a candidata
Dilma Rousseff contou mentiras sobre o país que a presidente governava e sobre
as medidas que adotaria se reeleita. Agora toma o troco.
Não há
mais bolsões regionais de apoio ou rejeição à presidente. O desagrado com o
governo se espalha de maneira uniforme entre as regiões. O Datafolha ouviu
3.358 entrevistados em 201 municípios. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos. A maior rejeição a Dilma está no
Centro-Oeste, com 77% de ruim e péssimo, índice que é de 73% no Sul e no
Sudeste e de 66% no Nordeste.
Também é
crescente o número de brasileiros que querem o impeachment da presidente: hás
três semanas, eram 63%; saltaram agora para 66% - dois em cada três
brasileiros. Só 28% afirmam ser contrários a essa possibilidade, uma queda de
cinco pontos em relação ao levantamento anterior.
Nesse
caso, ora vejam, ainda que dentro da margem de erro, o Nordeste consegue ser
até mais severo: 67% dizem querer o impeachment; no Sul e no Sudeste, 65%. O
Centro-Oeste lidera de novo: 74%.
Também
cresceu o número de pessoas que acham que ela realmente será afastada: de 29%
para 38%. Isso acontece quando a personagem se mostra mais fraca aos olhos da
população.
Parlamentarismo
O
Datafolha quis saber também qual é o melhor sistema de governo: 53% responderam
ser o presidencialismo, contra 28% que escolheram o parlamentarismo. Dizem não
saber 19%. Os parlamentaristas não desanimem. Nunca houve melhor momento para a
gente defender as virtudes do regime parlamentarista - que já teria há muito
nos tirado dessa agonia.
Os
números vêm a público no dia em que o PT e Dilma se estreitam num abraço
insano, no horário político, tentando convencer uma população hostil às suas
postulações por excelentes motivos.
O Brasil
está mal, mas o povo está moralmente saudável. Estranho seria se aprovasse esse
governo e estivesse satisfeito com as suas realizações. Quem sabe a gente ainda
tenha futuro.
Fonte:
"Blog Reinaldo Azevedo"
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