Por
Reinaldo Azevedo
Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar
de um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto
Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto
Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada - e
começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por
delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo - na metade
da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto
acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção. Aos
investigadores, ele disse que três governadores, seis senadores, um ministro de
Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de
parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal.
Ele esmiúça, além disso, a lógica que predominava na assinatura
dos contratos bilionários da Petrobras - admitindo, pela primeira vez, que as
empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que
contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos
de diferentes partidos da base aliada do governo. Conheça, nesta edição de
VEJA, detalhes dos depoimentos que podem jogar o governo no centro de um
escândalo de corrupção de proporções semelhantes às do mensalão.
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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