Por Rafael de Luna
Freire
A
Distribuidora de Filmes Brasileiros foi criada em 1934, com a regulamentação do
Decreto n. 21.240, de 1932, estabelecendo a exibição obrigatória de um
complemento nacional educativo e de boa qualidade em cada programa das salas de
cinema brasileiras. O surgimento da "cota de tela" foi uma conquista
dos cinegrafistas que sobreviviam da realização de cinejornais e atualidades -
sobretudo através da chamada "cavação" - permitindo, mesmo que de
forma precária, fosse mantida a continuidade de produção de suas pequenas
empresas.
Para
organizar a distribuição desses complementos para o circuito exibidor nacional,
estes produtores criaram a Distribuidora de Filmes Brasileiros (DFB),
aproveitando a estrutura da agência distribuidora da Cinédia, que passou a
organizar a exibição dos complementos obrigatórios.
A
imagem acima é um anúncio da DFB publicado numa revista de cinema brasileiro
em 1937 que evidencia sua grande estrutura, com filiais em treze cidades
brasileiras, e cuidando da distribuição de produtores oriundos de diversas
regiões do país, desde cineastas oriundos do cinema silencioso (Alberto
Botelho, Gilberto Rossi, Aristides Junqueira, Major Luiz Thomas Reis etc.),
passando pelos grande estúdios criados naquela década (Cinédia e Brasil Vita
Film), além de nomes que teria uma participação importante no cinema nacional
de ficção nos anos 1940 e 1950 (Alberto Campiglia, Jayme de Andrade Pinheiro,
Alexandre Wulfes etc.).
Fonte: Márcia Nunes, do grupo Memorial
Walter da Silveira
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