Que ainda em vida Nelson
Mandela tenha se tornado uma referência ética, não me surpreende... Não por
quem ele fosse, mas por quem dá tais títulos nos dias atuais. Aos
"santos" dos dias atuais - gente como Al Gore, Bill Gates, Steven
Jobs e outros mais - basta-lhes apenas agradar ao mundo. Mandela, sai deste
mundo e mesmo antes de sair já constava nos livros de história como um santo
destes "santos".
Sinto discordar da onda
de unanimidade que provavelmente varrerá nossa imprensa e principalmente a
mídia social, alvo fácil de todo pensamento politicamente correto produzido
atualmente.
Mandela e seu partido, o
Congresso Nacional Africano (CNA), por décadas têm uma relação muito próxima ao
Partido Comunista da África do Sul, que, como é corriqueiro entre os
esquerdistas, encara o
aborto como direito da mulher, sem, claro, fazer qualquer referência à humanidade
do bebê em gestação. Eis um trecho do posicionamento deste partido em relação
ao assunto:
"O Partido
Comunista da África do Sul acredita que toda mulher tem direito ao controle
sobre seu próprio corpo e também direito a tomar decisões independentes sobre
sua vida reprodutiva. Somado a isto, toda mulher deveria ter o direito a
escolher se ou não deseja terminar uma gravidez."
Já Mandela, que sempre
direcionou politicamente o CNA, deu
a seguinte declaração sobre o aborto:
"As mulheres
têm o direito de decidir o que querem fazer com seus corpos."
Tanto a declaração do
Partido Comunista Sul-Africano como as palavras de Nelson Mandela reverberam o
discurso do abortismo internacional, que se lixa para os "corpos" dos
bebês em gestação, seres humanos como qualquer um de nós.Mas Mandela não ficou
apenas nas palavras... Após ganhar a histórica eleição na qual foi eleito
presidente em 1994, Mandela e seu então ministro da Saúde, Nkosazana
Dlamini-Zuma, apresentaram ao parlamento de seu país um projeto de legislação,
posteriormente aprovado, que tornou a legislação
sul-africana relacionada ao aborto uma das mais liberais do mundo. Adicionado a
isto, Mandela, seu partido e coligados tiveram um preponderante papel na
confecção da nova constituição sul-africana, por ele assinada em 1996, que deu
relevante papel aos "direitos reprodutivos", um conhecido eufemismo
para abortos, esterilizações, etc.
Para se ter uma idéia da
liberalidade da legislação introduzida por Mandela, até 12 semanas de gestação nem
mesmo é necessário um médico para fazer o procedimento, sequer uma
enfermeira, bastando para tanto uma simples parteira. Mais um detalhe: o acesso
ao aborto é garantido para mulheres de qualquer idade, mesmo menores. Resultado
disto? O número de abortos na África do Sul teve um aumento gigantesco enquanto que, bem ao contrário do que
previam os abortistas, também o número de mortes maternas teve aumento.
Esta é a obra de Nelson
Mandela em relação aos seres humanos mais fragilizados que estão entre nós, os não-nascidos.
Suas ações tiveram, têm e terão um efeito desastroso para seu país e para a
humanidade em geral. Se muitas mulheres se vêem pressionadas e em momento de
desespero e falta de perspectiva recorrem ao aborto, é exatamente esta mulher
que deveria ser amparada pela sociedade. E são políticos como Nelson Mandela,
que têm os instrumentos para minimizar este drama e escolhem não agir assim,
preferindo muito mais o caminho fácil dos tais "direitos
reprodutivos" enquanto lavam as mãos pelo sangue derramado dos inocentes,
qual um Pilatos do mundo pós-moderno.
Fonte: Blog
Contra o Aborto
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