Por Reinaldo Azevedo
Pois é… Faço um
título quase épico para a pequena Honduras. É merecido. É o país em que Lula e
Chávez tentaram insuflar uma guerra civil para reinstalar no poder o chapeludo
maluco Manuel Zelaya, o golpista que foi deposto pela Constituição. Nas
eleições deste domingo, a candidata das esquerdas, dos sindicatos, dos
bolivarianos e do Foro de São Paulo, Xiomara Castro, mulher de Zelaya, não
chegou lá. À zero hora desta segunda, com 50% dos votos apurados, o conservador Juan
Orlando Hernández, do Partido Nacional, atualmente no poder, liderava a
apuração, com 32,8% dos votos. Xiomara, do Libertad y Refundación (Libre),
vinha em segundo, com 27,29%. Marício Villeda, do Partido Liberal, também
conservador, tinha 20,12%.
O "Libre" é uma legenda inventada por Zelaya e contava com o apoio
de todas as esquerdas - e suas franjas sindicais - do país. Não deve obter nem
um terço dos votos. Mais uma vez, a maioria dos hondurenhos diz "não" a Zelaya
e à sua corja.
Depois que Lula expressou seu apoio a Xiomara - o vídeo foi parar
na televisão -, a candidata caiu nas pesquisas de intenção de voto. Troco
e-mails com alguns hondurenhos desde aquela crise. Contam-me que o vídeo pegou
muito mal no país e que muitos hondurenhos repudiaram a interferência de Lula
nos assuntos internos do país. Lembrem-se de que o Apedeuta também gravou um
vídeo defendendo a eleição de Nicolás Maduro, na Venezuela. Não perdeu
por muito pouco.
Ao discursar para seus partidários, diante da vitória dada como
certa, Hernández afirmou, segundo informa o jornal "El Heraldo":
"Hoje, o povo hondurenho votou pelo fortalecimento do sistema democrático de Honduras. Votou pela paz, votou pela reconciliação verdadeira entre os irmãos e irmãs hondurenhos. Votou por deixar para trás a crise política de 2009, a pior da história de nosso país, que deixou milhares de hondurenhos sem emprego, que fechou negócios, que provocou a emigração, que dividiu famílias, igrejas, partidos políticos; que nos deixou ilhados e sozinhos".
"Hoje, o povo hondurenho votou pelo fortalecimento do sistema democrático de Honduras. Votou pela paz, votou pela reconciliação verdadeira entre os irmãos e irmãs hondurenhos. Votou por deixar para trás a crise política de 2009, a pior da história de nosso país, que deixou milhares de hondurenhos sem emprego, que fechou negócios, que provocou a emigração, que dividiu famílias, igrejas, partidos políticos; que nos deixou ilhados e sozinhos".
A maioria dos hondurenhos disse "não" aos bolivarianos e à
interferência de Lula em assuntos que não são de sua alçada. Sem o seu apoio,
talvez a mulher de Zelaya tivesse chegado lá. A eleição do país se decide num
único turno - algo que os políticos responsáveis deveriam rever com celeridade.
Talvez os hondurenhos, por razões insuspeitadas, devessem até ser gratos ao
nosso Apedeuta, né?
Fonte: "Blog Reinaldo
Azevedo"
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