ELEIÇÕES: Secretário do Planejamento da Bahia faz vergonhosas ameaças ao prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), se não se submeter “à liderança” e “condução” do governo petista
Por Ricardo Setti
Amigas e amigos do blog, o secretário do
Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e
candidato à sucessão do governador petista Jaques Wagner, publicou no Facebook
um texto com claras ameaças de retaliação financeira - para dizer o menos - contra
o futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, do oposicionista Democratas.
Em alguns países civilizados, o texto de
Gabrielli daria processo e, talvez, cadeia.
Aqui, é claro, fica tudo por isso mesmo.
Leiam vocês mesmos e julgem o texto, cujo título vai em negrito, abaixo:
Algumas reflexões sobre o dia
seguinte a vitória de ACM Neto em Salvador
Os eleitores de Salvador elegeram ACM Neto
prefeito. Até aí uma vitória da democracia, pela escolha livre os dirigentes
municipais. E agora?
A Prefeitura Municipal de Salvador tem um
orçamento de pouco mais de 4 bilhões e não tem capacidade de financiamento por
falta de condições financeiras.
Uma Prefeitura que precisa de obras
estruturantes no que se refere a mobilidade urbana, a recuperação da Orla
Atlântica e Orla do interior da Baia de Todos os Santos, no Centro Antigo da
Cidade, nos bairros mais populosos com a necessidade de expansão de rede de
assistência básica a saúde e ampliação da rede municipal de educação.
Uma Prefeitura que precisa ampliar o
ordenamento urbano com obras de desafogo dos gargalos do trânsito.
Uma cidade que precisa tratar bem as suas
diversas populações e incluir milhares de pessoas nos serviços básicos da
cidade.
Uma Prefeitura que precisa dos governos do
Estado e da União para realizar parte dessas obras.
Mas os eleitores de Salvador escolheram ACM
Neto com os partidos Democratas, PSDB, PMDB, PPS e PV, partidos que são ferozes
opositores ao governo no plano estadual e federal ou em ambos.
Para implementar os projetos necessários para
enfrentar as necessidades de Salvador há de haver uma ação harmônica e
equilibrada entre a Prefeitura e os governos do Estado e Federal.
Como fazer a integração da Linha 1 do Metro
com a Linha Dois que vai até Lauro de Freitas, sem o acordo entre os dois
governos?
Como fazer os viadutos e passarelas para
melhorar o trânsito da cidade sem a cooperação entre as duas esferas de
governo?
Como articular as concessões das novas linhas
de ônibus com a alimentação das estações de alimentação do Metro sem que haja
um trabalho conjunto entre a PMS e o Governo Estadual?
Como fazer as grandes intervenções
programadas no Centro Antigo de Salvador sem a equilibrada cooperação da PMS e
governo do Estado?
A questão não é de perseguição ou
comportamento não republicano de retaliação ao opositor que ganhou as eleições
em um determinado município.
A questão é a realidade difícil de diálogo
entre um conjunto de partidos que deliberadamente são de oposição ao governo do
Estado, e buscam se legitimar no combate a esse governo, com a necessidade
desse governo municipal de aceitar a liderança e condução desses projetos pelo
governo estadual, que é o único que tem capacidades financeira e gerencial de
gerir as ações desses programas.
Some-se a isso a reação dos movimentos
sociais que vão exigir da Prefeitura Municipal de Salvador a aceleração dos
benefícios prometidos em campanha e a diversificação das atuações do governo
municipal, ameaçando ainda mais a combalida posição financeira do município.
Por cima disso, a nova Câmara de Vereadores
pode ser mais um campo de batalha entre o Executivo de Salvador e seu
Legislativo, com vários temas conflitantes na agenda legislativa.
Frente a esse quadro, os partidos que
apoiaram Pelegrino [Nelson Pellegrino, candidato derrotado do PT a prefeito]
não dispõem de muita alternativa: só resta a oposição ao novo governo.
Não uma oposição por oposição, mas uma ação
que busque ampliar as pressões referentes aos interesses de importantes
segmentos da sociedade soteropolitana que não estarão representados na coalizão
vencedora, que exija um reconhecimento do papel do governo do Estado na
execução e liderança desses importantes projetos para a cidade e uma plataforma
de reverberação para as demandas do movimento social que tenderão a estar
limitadas pelo ideário dos partidos que ganharam a eleição.
Nesse movimento de conflito e tensão, o
governo estadual é o único que tem as condições de implementar vários dos
programas previstos.
O novo prefeito precisa levar em conta essa
realidade de que o Estado é o principal condutor de muitas da soluções dos
problemas para o povo da cidade. Não é do feitio da coligação vencedora com
tradição oligárquica e autoritária admitir que tem que reconhecerr a
importância e tamanho dos seus adversários.
Espero que o povo de Salvador não sofra por
sua escolha!
Fonte: "Blog do Ricardo Setti"
3 comentários:
Também espero que o PT, mesmo sendo um partido cheio de corruptos, não seja covarde e prejudique o povo MAIS uma vez, porque o problema não é com o DEM, nem com ACM Neto, senão, teriam ajudado o aliado deles, João Henrique. O problema é que são do contra mesmo e precisam reservar a grana das obras de todos prás obras politiqueiras petralhas em 2014. O certo é que não sabem administrar nada e vão tentar ofuscar o brilho de Neto.
Isso só podia vir de um petralha.
È lamentável que esses lixos ainda
se acham donos da Bahia.
Simplesmente lamentável.
DEPOIS DA DESELEGANTE - PRA NÃO DIZER ESTÚPIDA - DECLARAÇÃO DE PELEGRINO CULPANDO O POVO PELA DERROTA, VEM AGORA GABRIELE, QUE JÁ DEVERIA ESTAR PRESO POR DESTRUIR A PETROBRAS, PATRIMÔNIO DO POVO USUSPADO PELO PT, FAZER AMEAÇAS. ESSA PETRALHADA NÃO SABE O QUE O DEMOCRACIA. SABE, SIM: SAQUEAR OS COFRES PPUBLICOS COM AVIDEZ INSACIAVEL, MENTIR, MANIPULAR INOFMRAÇÕES E MONTAR UMA MÁQUINA DE PROPAGANDA INSPIRADA NO MODELO DE HITLER. GABRIELI, O POVO É SOBERANO E OS RECURSOS - MUNICIPAIS, ESTADUAIS OU FEDERAIS - NÃO SÃO DE UM DE PARTIDO, SÃO DO PRÓPRIO POVO QUE VOCÊS DEVEM GERENCIAR COM DECÊNCIA E DIGNIDADE, CONCEITOS QUE VOCÊS PISOTEARAM, ESMAGARAM COM OS PÉS DA SEM VERGONHICE.
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