Por Antonio Moreira Ferreira
É
a revolta do povo contra um regime de corrupção que se instalou no Brasil. O
descrédito do regime é tão grande que quando surge um ministro da Alta Corte da
Justiça, verdadeiramente honesto, o povo o ovaciona das mais diversas e
efusivas maneiras: candidato natural lançado pelo povo para a Presidência da
República, máscaras com suas feições como ídolo popular, comentário expontâneo
(e obrigatório) em todas as reuniões que juntem mais de duas pessoas, e-mails
com a sua biografia humilde e impoluta, enfim, eleito, intimamente, pelo povo
brasileiro como o exemplo de honestidade e a salvação do Poder Judiciário.
É bonito e vergonhoso. Bonito como a história do velhinho troiano que, em um
jogo olímpico, atravessou por todos os torcedores de Troia e, chegando junto
aos torcedores gregos, estes, ao mesmo tempo, levantaram-se oferecendo o lugar
para que ele ficasse sentado. Ato contínuo, todos os torcedores troianos
aplaudiram o ato dos gregos. Moral: eles admiravam o ato, mas não sabiam
praticá-lo. Vergonhoso poque a honestidade deveria ser coisa normal.
O excelentissimo
ministro Dr. Joaquim Barbosa é o troiano que o povo brasileiro aplaude de pé. O
povo admira a honestidade mas não sabe usar a arma para faze-la: O VOTO.
Um comentário:
Fico boba quando vejo pessoas ignorantes dizerem que "votar prá quê?", "É tudo igual", por aí. Deveriam ter escutado o que disse a ministra Carmen Lúcia, hoje.
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